Jornal GGN – O governo suíço fará um plebiscito sobre a proposta de renda básica universal. Se aprovada, todos os habitantes do país irão receber um salário mensal do governo, independentemente de renda ou se estão empregados ou não.
Segundo pesquisa encomendada pelos defensores da medida, somente 2% dos entrevistados afirmam que deixariam de trabalhar caso recebessem uma renda básica. Outros 69% rejeitam a ideia de abandonar seus empregos caso a medida seja aprovada.
Enviado por Maria Carvalho
Da Deutsche Welle
Suíça leva a plebiscito salário básico para todos
Se medida for aprovada, habitantes do país passarão a receber quantia mensal sem precisarem trabalhar. Pesquisa revela que apenas 2% da população deixaria de trabalhar, caso tivesse sustento assegurado pelo benefício.
No próximo dia 5 de junho, o governo suíço vai submeter a consulta popular a proposta da renda básica universal. Se a ideia for aprovada, todos os habitantes do país receberão, mensalmente, um salário do governo – sejam eles empregados ou desempregados, ricos ou pobres.
Anunciado na quarta-feira (28/01), o plebiscito foi autorizado após uma iniciativa formada por grupos de diversas cidades suíças ter conseguido obter 126 mil assinaturas a favor da proposta, que reivindica cerca de 2.270 euros mensais, para possibilitar a “toda a população uma existência digna e a participação na vida pública”. Mas o texto a ser submetido ao crivo público deixará o valor do benefício em aberto.
A iniciativa defende que a renda básica para todos incentivaria “a motivação e a criatividade” da população. Mesmo o trabalho de baixa remuneração seria, assim, mais valorizado, segundo os defensores da ideia. O emprego no sentido estrito deixaria, então, de ser uma necessidade.
“Trabalho se tornaria supérfluo”
Críticos argumentam que a medida tornaria o trabalho supérfluo na Suíça. Entretanto, uma pesquisa encomendada pelos defensores da iniciativa sugere que uma grande maioria dos cidadãos pretende continuar trabalhando, mesmo recebendo a renda básica universal.
De acordo com a sondagem, realizada pelo instituto de pesquisas Demoscope, 69% descartaram categoricamente que deixariam de trabalhar se passassem a ter seu sustento assegurado por um salário mensal. Outros 21% disseram que “provavelmente não largariam seus empregos”. Somente 2% reconheceram que, “com certeza”, parariam de trabalhar.