O presidente do PT, Rui Falcão, disse hoje (22) que o pedido de prisão temporária do publicitário João Santana não tem relação com o partido. Santana foi coordenador das campanhas eleitorais da presidenta Dilma Rousseff, em 2010 e 2014, e da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006. Santana e a mulher dele, Mônica Moura, tiveram as prisões temporárias decretadas na nova fase da Lava Jato, deflagrada hoje (22).
A nova etapa investiga a relação de João Santana com a empresa Odebrecht, que também é alvo das investigações e que teria feito repasses financeiros ao publicitário no exterior. Santana e Mônica estão na República Dominicana e, por isso, ainda não foram detidos. Em entrevista na Superintendência da Polícia Federal no Paraná, o delegado Filipe Pace disse que a suspeita é que os pagamentos “vieram de serviços eleitorais prestados ao PT”. Rui Falcão voltou a afirmar que todas as doações recebidas pela sigla foram legais e declaradas à Justiça Eleitoral.