O prefeito João Doria (PSDB) disse neste sábado (25) que vai entregar os 107 parques da cidade de São Paulo para a administração da iniciativa privada ainda em 2017. O processo licitatório está agendado para abril e a concessão será realizada em pacotes.
O anúncio foi feito durante a inauguração de oito dos dezesseis banheiros do Parque Ibirapuera, na Zona Sul de São Paulo, que foram reformados pela construtora Cyrela com o apoio da Unilever, Deca e Sherwin Williams.
O tucano disse que o Ibirapuera os outros 106 parques da capital paulista serão concessionados. “A concessão dos 107 parques será feita para empresas, associações, instituições e ONGs, que vão administrar os parques a fim de que todos eles tenham condições adequadas de atender a nossa população”, disse.
Sobre o modelo de concessão das áreas verdes, Doria explicou que será realizada em pacotes. “Não posso dar a oportunidade para que as empresas escolham um único parque, senão só teria solicitação para o Ibirapuera. Vamos ter ações combinadas – um parque em área mais nobre com quatro parques mais afastados. Mais ou menos nessa proporção”, explicou.
O prefeito estima que o processo de licitação comece em abril. “O processo licitatório vai ser levado à Câmara agora, no mês de abril, e provavelmente em junho será colocado em prática para que os parques possam ser adotados. Não queremos nenhum centavo, mas sim, a economia. Os parques custam R$ 100 milhões por ano, R$ 400 milhões em uma gestão, valor que daria para a construção de dois hospitais. Isso [concessão de parques] já acontece no Canadá, nos EUA, e em algumas cidades da Europa e da Ásia”, argumentou.
Indagado se há mais espaço para parcerias com a iniciativa privada, o prefeito elogiou a pergunta e confirmou. “Alcançamos nesta semana cerca de R$ 240 milhões em doações de diferentes produtos e serviços para a cidade. É o projeto “Empresa Cidadã”, voltado para empresas que querem ajudar sem interesse, sem contrapartida. Não tem toma lá, dá cá”, garantiu.
Questionado se a cidade está à venda, o prefeito negou e disse que se trata de economia e maior eficiência na gestão dos espaços públicos. “Não é venda. É uma cidade bem administrada, é diferente. As pessoas nunca viram uma administração semelhante ao que estamos fazendo, com gente capaz. Não é vendida, é melhorada”, rebateu.
Blog do BG: http://blogdobg.com.br/#ixzz4cNkEht39