Em entrevista por telefone na manhã desta sexta-feira (17), Sílvio Fernando Nunes afirma que entre os depoentes está o proprietário e condutor da embarcação envolvida no acidente. “Há a informação de que eles [a tripulação] não teriam recebido o alerta de ressaca enviado pela Marinha, mas isso tem que ser apurado. Ainda vamos pedir todas as informações possíveis porque a Marinha também está apurando”.
Doze pessoas estavam na jangalancha — dois tripulantes e dez turistas —, quando uma onda atingiu a embarcação, que virou e ficou com o casco para cima. Josie Paiva de Oliveira Favari, de 31 anos, e sua filha Melissa de Oliveira Favari, de apenas 2 anos, morreram vítimas de afogamento.
O caso está sob apuração também da Capitania dos Portos, que deu prazo de 90 dias para concluir a investigação. Já se sabe, preliminarmente, que a embarcação navegava na área em que ela foi licenciada para operar,estava com a documentação em dia, assim como a habilitação do condutor. Além disso, o barco fazia o passeio com todos os equipamentos de segurança exigidos e com a quantidade máxima de pessoas a bordo permitida.
Para o delegado Silvio Fernando, um ponto importante à investigação é saber se a tripulação de fato não teve acesso ao alerta da Marinha do Brasil sobre a ocorrência de ressaca naquela região e período, e se tomaram conhecimento o porquê de terem mantido a programação do passeio indo aos parrachos.