Assú RN; Delegado ouve tripulação na próxima segunda-feira
O delegado Silvio Fernando, que responde pela delegacia de Polícia Civil do Município de Extremoz (litoral norte), começa a ouvir, na próxima segunda-feira (20), a tripulação e os turistas ocupantes da embarcação que virou próximo aos parrachos de Maracajaú no último dia 12. O acidente resultou na morte de duas pessoas, mãe e filha, turistas do estado de São Paulo que participavam do passeio.
Em entrevista por telefone na manhã desta sexta-feira (17), Sílvio Fernando Nunes afirma que entre os depoentes está o proprietário e condutor da embarcação envolvida no acidente. “Há a informação de que eles [a tripulação] não teriam recebido o alerta de ressaca enviado pela Marinha, mas isso tem que ser apurado. Ainda vamos pedir todas as informações possíveis porque a Marinha também está apurando”.
Doze pessoas estavam na jangalancha — dois tripulantes e dez turistas —, quando uma onda atingiu a embarcação, que virou e ficou com o casco para cima. Josie Paiva de Oliveira Favari, de 31 anos, e sua filha Melissa de Oliveira Favari, de apenas 2 anos, morreram vítimas de afogamento.
O caso está sob apuração também da Capitania dos Portos, que deu prazo de 90 dias para concluir a investigação. Já se sabe, preliminarmente, que a embarcação navegava na área em que ela foi licenciada para operar,estava com a documentação em dia, assim como a habilitação do condutor. Além disso, o barco fazia o passeio com todos os equipamentos de segurança exigidos e com a quantidade máxima de pessoas a bordo permitida.
Para o delegado Silvio Fernando, um ponto importante à investigação é saber se a tripulação de fato não teve acesso ao alerta da Marinha do Brasil sobre a ocorrência de ressaca naquela região e período, e se tomaram conhecimento o porquê de terem mantido a programação do passeio indo aos parrachos.
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