Lagoa do Piató, em Assu, chega ao seu ponto mais crítico desde 2001
Sem receber água do rio Piranhas/Açu, através de um canal que está obstruído, a Lagoa do Piato, em Assu, agoniza. Chega ao seu nível mais baixo desde 1999, quando secou e os peixes morreram, causando prejuízo aos moradores da região e aos empresários que trabalham com irrigação com água do lagoa.
Foto: Antônio Cavalcante
O registro do nível baixo da Lagoa do Piató é do fotógrafo assuense Antônio Cavalcante. “Dá tristeza ver este lago assim”, diz o fotógrafo.
A Lagoa do Piató ocupa uma área superior a 10 km de extensão. É responsável por diversos projetos de irrigação de grande, médio e pequeno porte. Também é fonte de renda para dezenas de pescadores. O lago passou a enfrentar dificuldades depois da inauguração da Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, em 1985.
É que antes da barragem, a água não ficava repressada e abastecia o canal que por sua vez abastece o lago. Com o barramento de 2,4 bilhões de metros cúbicos de água entre Assu e Jucurutu, a Lagoa do Piató deixou de receber água permanentemente.
Num tentativa de fazer reviver a lagoa, o Governo do Estado, em 2007, investiu mais de R$ 7 milhões para reabrir o canal, porém tão logo a obra terminou, veio uma cheia no rio Piranhas/Açu e destruiu todo o canal, permanecendo até hoje este cenário.