Apodi/RN – ‘Ovo gigante’ vira atração na zona rural
Um ovo com 14 centímetros de comprimento e pesando 800 gramas virou uma atração curiosa em Apodi, município do Oeste do Rio Grande do Norte. Nem tanto pelo tamanho, mas porque os moradores garantem que na região não há aves capazes de por um ovo tão grande. Ele foi encontrado na região do Lajedo de Soledade, importante sítio arqueológico localizado a 12 quilômetros do centro da cidade.
“Aqui não tem avestruz, ema e eu não conheço nenhum pássaro ou outro bicho que coloque um ovo desse tamanho”, disse o radialista Josenias Freitas, de 38 anos. O homem mora no distrito de Soledade, onde a família possui um pequeno restaurante. Ele contou ao G1 que encontrou o ovo quando foi a um terreno que fica ao lado da casa dele para colher algumas pimentas, no sítio arqueológico do Lajedo de Soledade. “Encontramos o ovo em um terreno baldio entre duas casas aqui da comunidade.Fiquei surpreso. Peguei o ovo e levei pra casa. Agora o povo vem aqui só pra ver o ovo. Virou atração no nosso restaurante. Estamos achando é bom, porque acabou aumentando o movimento”, acrescentou.
Lajedo de Soledade
O Lajedo de Soledade, um dos sítios arqueológicos mais importantes do Brasil, está localizado na comunidade de mesmo nome, no município de Apodi, região Oeste do Rio Grande do Norte. O povoado fica a 12 km do centro da cidade.
Localizado numa área de um quilômetro quadrado de rocha calcária, do período paleolítico, o Lajedo de Soledade quase foi destruído pelos produtores de cal da região. Mas a intervenção de geólogos e dos próprios moradores do distrito do Lajedo no início da década de 1990, acabou salvando este sítio.
No lajedo, pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) encontraram fósseis de animais pré-históricos, como o bicho-preguiça e tatus gigantes, mastodontes e tigres-dente-desabre que viviam no Nordeste no período Glacial.
Também são encontrados vários painéis de pinturas rupestres ainda preservadas que se encontram no leito de um rio seco, que podem ser observadas em visitas acompanhadas por guias. Segundo pesquisadores, os desenhos dessas pinturas teriam sido feitos por índios que habitavam essa região no período pré-histórico.
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