ALTO DO RODRIGUES RN-Robinson, em discurso histórico, registra ações das cúpulas partidárias que excluem e “cassam”
Certa vez Carlos Lacerda, o emblemático parlamentar da década de 60, foi indagado acerca do tom emocional no discurso político, que, segundo o seu interlocutor, deveria ser objetivo, técnico e pragmático.
Lacerda justificou ao dizer que o latino é produto das emoções, ao contrário da frieza dos germânicos e das raças similares.
O governador Robinson Faria fez ontem, 1, na Assembléia Legislativa excelente discurso.
Falou do que pretende fazer e não esqueceu de registrar para a história as emoções de quem enfrentou um desafio, que parecia impossível de ser vencido.
Falou da ação nefasta das cúpulas partidárias, corroídas e autoritárias, que eliminam sonhos, excluem e “cassam” nomes dos próprios correligionários, em função de interesses subalternos.
A intenção do governador não foi ataques à adversários.
Apenas, o dever de registrar uma realidade partidária, que precisa ser urgentemente mudada, através da reforma política.
Por tal razão, o blog, em homenagem ao governador recém empossado, transcreve a seguir oportunos trechos do seu discurso, um depoimento já gravado na memória histórica do RN.
“Neste momento, a minha vida se confunde com a força de todas as minhas emoções.
E lanço ao passado um olhar na busca do que aprendi na escola da vida, “onde não há férias”.
Com a humildade de perceber que o maior aprendizado ainda está por vir, pedindo matrícula ao futuro.
O presente é o desafio, numa hora em que a coragem e a obstinação são companheiras indispensáveis.
Nunca houve na história política do Rio Grande do Norte um candidato a governador tão abastecido de solidão.
Dos líderes consolidados, o conselho à desistência.
De alguns, aliados de outras lutas, a observação deselegante de que a melhor decisão seria a fuga.
Ou então, na melhor das hipóteses, a composição servil, compondo chapa na arrumação de um acordo conveniente à manutenção dos mesmos mandatários, historicamente estabelecidos na comodidade e força do poder.
Amparado no afeto da minha família, na memória do meu pai, na colaboração dos meus fiéis aliados, a motivação que me sustenta é ser um instrumento da melhoria de vida do povo potiguar.
O generoso sofrido povo, que se revestiu de esperança e me delegou a maravilhosa missão de conduzir seu destino nos próximos anos.
Ao dizer na campanha que ser o melhor governador da história do Rio Grande do Norte era minha motivação, não havia nem há nessa afirmativa qualquer sentido de presunção ou vaidade pessoal.
É a motivação que me obriga a colocar-me a serviço do povo.
A ele como objeto mais que principal, pois único, a justificar essa motivação.
Mais do que o líder escolhido livremente pela vontade soberana dos potiguares, invisto-me da condição de servo do meu povo.
E é em nome dele, por ele e para ele que governarei o Rio Grande do Norte.
Condição que me leva às fontes onde colhemos os conceitos de Democracia.
Venho de oito embates eleitorais, ainda não conheci, graças a Deus, o amargor da derrota.
Mesmo tendo sido preterido em várias tentativas de me expor à apreciação popular.
Não posso considerar derrotas as decisões de cúpula ou de interesse que me excluíram das disputas a que sempre me dispus, e em todas elas sempre movido pelo interesse público.
Porém, essa vitória que me trouxe à beleza e a magia deste momento não tem comparação.
Ela é Ímpar em todos os ângulos.
Única, na grandiosidade dos números e especialíssima nas circunstâncias que formam os conflitos políticos a sinalizar uma era nova.
Há uma explícita perplexidade a tentar entender o que houve.
Ocorre que o povo de tão facilmente enganado, guarda seus segredos indecifráveis”.
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