Blog do Levany Júnior

ALTO DO RODRIGUES RN -Só não sabiam da crise os menos escolarizados e quem ficou cego e surdo diante da realidade

EUA CRISE 10

Eliane Cantanhêde

 A reeleição completa uma semana hoje e Dilma 2 já está num mato sem cachorro.

Com a economia destrambelhada –como, aliás, todo mundo sabia– ela tem três alternativas para tratar o rombo recorde das contas públicas.

Todas ruins, ou melhor, péssimas.

Com os gastos em alta, porque em eleições “faz-se o diabo”, e a arrecadação estagnada, por causa do crescimento devagar, quase parando, a presidente Dilma tem de cortar gastos e/ou investimentos.

Como assim?

A candidata Dilma não martelou durante todo o segundo turno que só Aécio Neves e Armínio Fraga assassinariam os gastos?

A segunda saída para tentar fechar as contas, um dia, talvez, quem sabe, é aumentar a arrecadação.

Como assim?

Será que Dilma, Guido Mantega, de aviso prévio, ou o novo ministro da Fazenda teriam coragem de aumentar impostos?

Isso entraria para a história com um único nome: estelionato eleitoral.

E a terceira opção seria… não fazer nada, aprofundar os erros e continuar insistindo na versão eleitoral, mesmo depois da eleição: a de que o governo “optou pelo melhor para o país”, como disse Arno Augustin, do Tesouro.

Ah! E ele é um dos cotados para substituir Mantega.

Responda rápido: o que vai ser menos pior?

Cortar programas, aumentar impostos ou lavar as mãos?

Engana-se quem pensa que deixar tudo como está, ampliando mês a mês o primeiro déficit desde o Plano Real (1994), será “a melhor para o país”.

Melhor para quem, cara pálida?

O déficit fiscal tem efeito cascata sobre a economia e deságua no descrédito de investidores, gerando um círculo vicioso: inflação, juros…

Quanto mais pobre, mais sofre.

Nada disso é surpresa.

Era a história de um desastre anunciado e só não sabiam os menos escolarizados e quem ficou cego e surdo diante da realidade.

Agora, aguenta.

Politicamente, o desafio de Dilma é conciliar palavras e atos.

Será que João Santana dá jeito?

Duvido.

Rate this post
Sair da versão mobile