ALTO DO RODRIGUES RN -Artigo do editor do blog na “Gazeta do Oeste”: Campanha acabou; hora de governar


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Passadas as eleições, o país ingressa na era da governabilidade. Essa é uma tarefa para estadistas.

Tarefa difícil, porém possível e necessária, sobre a independência demonstrara nas urnas pelo eleitor brasileiro.

Aproxima-se o final de 2014 com sentimento generalizado de apreensão, em relação ao futuro. Vive-se momento econômico difícil no mundo.

O Brasil não poderá ser “ilha”, hermeticamente fechada, imune de enfrentar os desafios comuns a outras nações.

Cabe a indagação: o que poderia assegurar maior confiança em 2015?

Há fatos incontroversos que justificariam, por si só, um “pacto político nacional em 2014/5″, a exemplo do está sendo feito no México e de certa forma nos Estados Unidos.

Ao invés da montagem temerária e antecipada de “palanques” futuros, a alternativa seria “todos” sentados na mesa da governabilidade.

O “disse-me-disse” sobre se “tal” proposta seria melhor do que “aquela”, cederia lugar a uma discussão ampla, acerca da melhor solução para o país e o estado específico.

Os partidos políticos e seus líderes, juntos com o governo, superariam as “divergências possíveis” e construiriam “convergências” sobre temas vitais.

O “pacto” começaria pela convergência das forças políticas, na aceitação do princípio de que não cabe no século XXI, aquele axioma inflexível “do bolo crescer para depois distribuir”.

Isto não significaria o retorno à “farra fiscal”. Apenas, a aplicação do refrão popular, que aconselha “nem tanto ao mar, nem tanto ao peixe”.

O bolo econômico precisa crescer, porém simultaneamente promover a distribuição e o crescimento social, para não penalizar gerações e gerações.

No atual debate das doutrinais políticas, econômicas e sociais prevalecem, em maior intensidade, o socialismo democrático e o verdadeiro liberalismo social (não se trata de conservadorismo, nem a defesa do “laissez faire, laissez passer”).

O sociólogo Zygmunt Bauman, que lidera a chamada “sociologia humanística”, analisa o mundo como ele é e faz a aproximação doutrinária entre o socialismo e o liberalismo social.

Na linha do pragmatismo político e econômico impõe-se ao Brasil promover o debate interpartidário de medidas que alcancem diretamente a população.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em artigo, recomendou que em matéria de propostas socioeconômicas “não basta criar um público, uma audiência e um estilo, o conteúdo da mensagem é fundamental….

Uma sociedade democrática amadurecida estará sempre comprometida com a defesa dos direitos humanos, com a ecologia e com o combate à miséria e às doenças, no país e em toda a parte”.

Na prática, os principais partidos políticos nacionais defendem, em tese, princípios doutrinários semelhantes.

Logo, a ideia do “pacto em 2014/15″ teria tudo para dá certo, mesmo com as naturais diferenças entre governo e oposição. A governabilidade democrática coloca-se como o único caminho para a realização das reformas.

“Sem ela, não haverá governo estável, tendo em vista a sobrecarga das demandas sociais e a falta de condições para atendê-las”.

Cuidar da governabilidade, a partir de 2015, não significará “adesismo”, mas sim criar as condições de estabilidade para o futuro, cujo único beneficiário será o povo brasileiro.

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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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