ide fazer oposição ao governo Temer para tentar a reeleição, que, pela primeira vez em 20 anos, está ameaçada
“Alagoanos, nada vai me acontecer porque eu nunca cometi irregularidade. Eu tenho uma vida limpa. Essa gente não gosta de conviver com alguém do Nordeste que presidiu quatro vezes o Senado Federal”. Acossado por investigações de corrupção e caixa dois na Lava-Jato, o senador Renan Calheiros, autor da frase acima, é alvo de doze inquéritos e réu por peculato no Supremo Tribunal Federal. Na semana passada, o atual líder do PMDB disparou uma saraivada de críticas ao governo Michel Temer. A ofensiva partiu, de forma inédita, nas redes sociais. Renan condenou a reforma da Previdência, que prejudica “os pobres e o Nordeste”, criticou a aprovação da terceirização e classificou o governo de seu partido como “errático”. Falou como um líder da oposição, o que deu origem a teorias conspiratórias sobre suas pretensões. A explicação é simples. Os problemas de Renan se dividem entre Brasília e Alagoas.