No depoimento, Lula afirma que conheceu Bumlai na campanha para as eleições presidenciais de 2002, quando gravou um programa eleitoral sobre agricultura em uma fazenda do empresário. O ex-presidente disse que não falou com Bumlai sobre empréstimo em benefício do PT e que “jamais tratou sobre dinheiro ou valores” sobre o empresário ou realizou qualquer transação financeira.
O ex-presidente declarou que Bumlai “nunca pediu qualquer cargo” e nega ter tratado com o empresário sobre as indicações dos ex-diretores Néstor Cerveró ou Jorge Zelada para a Petrobrás. O petista afirmou achar que “todos os seus filhos e noras” possuem relação de amizade com Bumlai. Ao listar o nome dos familiares, o ex-presidente afirma que não recorda os nomes completos de todas as noras.
Vaccari. O ex-presidente fez ainda uma defesa enfática do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto – preso desde abril e condenado na Lava Jato por corrupção e lavagem de dinheiro. Lula declarou à PF não acreditar “que Vaccari tenha obtido vantagens indevidas a partir dos contratos celebrados pela Petrobrás, uma vez que era conhecedor da legislação”.