(Foto: Patricia Stavis/Folhapress)
Novos documentos obtidos pela Polícia Federal mostram que o marqueteiro João Santana, responsável pela campanha presidente Dilma Rousseff, recebeu da Odebrecht no Brasil cerca de R$ 21,5 milhões, após o pleito de 2014.
As planilhas foram usadas pela PF para justificar o pedido de conversão da prisão temporária – quando há um período delimitado para a detenção – para a preventiva, quando não há prazo para a soltura.
A PF afirma que essa descoberta coloca em xeque o argumento de João Santana e sua mulher, de que receberam apenas dinheiro no exterior, para campanhas fora do país. “A tela indica ainda que o pagamento a FEIRA se deu em moeda nacional (R$), tendo como local de pagamento a cidade de SÃO PAULO, o que desqualifica qualquer argumento de eventual pagamento exclusivamente no exterior, tal qual sustentado pelo casal em oitiva. O sistema veicula ainda a informação “EVENTO14-DP” no campo obras”, diz a PF.
De acordo com a investigação, a Odebrecht usa códigos para tratar de João Santana. O principal é Feira. “Os pagamentos identificados para FEIRA iniciaram-se em 30/10/2014, perdurando até 22/05/2015 – ou seja, estenderam-se para período já posterior à deflagração da Operação Lavajato. Os valores pagos somam impressionantes R$ 21.500.000,00, conforme planilha abaixo, que compila os pagamentos e respectivas senhas utilizadas nas operações”.
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