Blog do Levany Júnior

ALTO DO RODRIGUES RN-A homofobia em um dos maiores assassinatos dos EUA

Por Rogério Sottili

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Nossos corações estão partidos

Acordamos com a notícia de que mais de 50 pessoas foram assassinadas hoje em Orlando, na Flórida, EUA, durante uma festa em um local conhecido por ser uma casa noturna frequentada pela população LGBT. Relatos retratam um atirador com ódio de gays. Ele estava armado com um rifle e uma bomba, sua intenção era clara.

Aqui não cabem meias-palavras: é um dos maiores assassinatos que os EUA já viveram, e ele tem evidente motivação homofóbica. Entender isso é fundamental para lidarmos com o ódio sendo gestado por figuras político-midiáticas (aqui, como Felicianos e Bolsonaros, e nos EUA, em ano de eleições presidenciais, por Donald Trump) e saber o que devemos fazer com isso.

Hoje tornou-se um dia de pesar por essas 50 vítimas, e um dia de nos lembrarmos que enquanto não desconstruirmos a cultura de opressão às liberdades individuais e sexuais, e combatermos a homofobia, a lesbofobia e a transfobia, não há sociedade no mundo que poderá ser plenamente democrática e nem viver em paz.

As violações do cotidiano, que em situações limítrofes tomam proporções como essa, nos mostram que não podemos parar de lutar por uma sociedade livre de preconceitos, que aceite e promova a diversidade, e onde toda e qualquer forma de amor é válida. Lá e aqui.

Meus mais profundos sentimentos às vítimas do massacre contra LGBTs em Orlando e à comunidade LGBT.

Da Agência Brasil

Tiroteio em boate gay deixou cerca de 50 mortos, diz polícia de Orlando

Pelo menos 50 pessoas morreram e 53 ficaram feridas no tiroteio na boate Pulse, em Orlando, Flórida, nos Estados Unidos, ocorrido na madrugada de hoje (12). “Muitas vidas foram perdidas. Há muitos corpos no local”, disseram autoridades policiais. Inicialmente, a informação era que aproximadamente 20 pessoas tinham morrido após um homem abrir fogo contra pessoas que estava na boate, voltada para o público LGBT.

O FBI, a polícia federal norte-americana, classificou o incidente como “ato de terrorismo”. Um homem armado com um rifle e uma pistola atirou contra os frequentadores de clube noturno, na área central da cidade, e fez reféns por cerca de três horas. Depois de um período em que tentou negociar com o atirador, a polícia decidiu entrar no local e atirou no homem. Após o episódio na boate, foi declarado estado de emergência na Flórida e em Orlando.

A identidade do suspeito ainda não foi revelada. Uma testemunha que estava no clube disse que ouviu “20, 40, 50 tiros” e, então, “a música parou”. Um policial chegou a ser atingido no capacete. Os feridos foram levados para três hospitais da região.

As investigações consideram a possibilidade de o suspeito ter ligações com o islamismo radical. “Nossa comunidade é forte. Precisamos ajudar uns aos outros para lidar com essa situação”, afirmou o prefeito de Orlando, Buddy Dyer.

Em dois dias, este é já o segundo caso de tiroteio em Orlando. Na sexta-feira (10), um homem matou a tiros a cantora Cristina Grimmie após um show.

Repercussão

Os candidatos à Presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton e Donald Trump, se manifestaram sobre o atentado. Pelo Twitter, Hillary disse que acordou com “a notícia devastadora da Flórida”. “Enquanto esperamos para mais informações, meus pensamentos estão com as pessoas afetadas por este ato horrível”, escreveu a candidata democrata.

Também pelo Twitter, Trump disse que a polícia investiga a possibilidade de terrorismo. “Muitas pessoas mortas e feridas”, lamentou o republicano.

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