Jornal GGN – Filipe Hille Pace, delegado da Polícia Federal que classificou Lula como “Amigo” de Emílio Odebrecht no relatório em que indicia o ex-ministro Antonio Palocci por corrupção, também disse que a Odebrecht paga propina para “qualquer governo”, de qualquer partido e em qualquer esfera do poder.
“A Odebrecht pagava propina para consecução de contratos e para garantir seus interesses junto a qualquer governo de qualquer esfera da administração pública, demonstrando-se, assim, novamente, que a corrupção era e é multipartidária e sistêmica”, anotou, segundo publicação do Estadão.
Em 26 de setembro, quando foi deflagrada a Operação Omertà, a PF abriu novo inquérito para “apurar as suspeitas de irregularidades envolvendo a Odebrecht em 38 obras pelo País. A investigação corre sob segredo de Justiça”, lembrou o jornal.
Pace disse à imprensa, então, que a PF já tinha conjunto de provas e que o depoimento de Marcelo Odebrecht, preso desde 19 de junho de 2015, não era “imprescindível” para a operação.
À época, a mídia também reportou dificuldade de Marcelo Odebrecht em fechar o acordo de delação. Isso ocorreu, após oito meses de negociações, apenas há duas semanas. Segundo relatos da Folha, há 130 deputados, senadores e ministros envolvidos, além de 20 governadores. O leque de partidos afetados é bem “democrático”.