Crise política se intensifica e partidos ameaçam sair da base de Temer
Jornal GGN – O desgaste das denúncias das delações Odebrecht junto à equipe de governo e ao próprio presidente Michel Temer provocaram um agravamento da crise da gestão peemedebista. As informações são de que partidos da Câmara ameaçam abandonar a base aliada e se posicionar contra propostas de interesse do Planalto.
Desde a primeira grave crise ministerial de Temer, com a saída de Geddel Vieira Lima da Secretaria de Governo, a instabilidade do governo só foi segurada, dentro do Congresso, pelos líderes e presidentes das Casas Legislativas.
Mas diante da impopularidade das medidas aprovadas, como o projeto de 10 Medidas na Câmara e a PEC 55, do Teto dos Gastos Públicos, no Senado, partidos que se aliaram ao governo para alcançarem status ou cargos de primeiro a terceiro escalão ameaçam abandonar o barco.
O ápice ocorreu neste final de semana, quando as delações da Odebrecht se intensificaram na mira de Temer e de seus aliados e uma pesquisa Datafolha mostrou que 51% dos entrevistados acham o governo ruim ou péssimo.
Divulgada no domingo (11), o levantamento mostrou que a popularidade de Temer despencou em cinco meses de gestão. Se antes os que consideravam o governo ruim ou péssimo eram 31%, agora o resultado é de um aumento de 20 ponto percentuais.
Além disso, a pesquisa também questionou o cenário de um primeiro turno de eleições em 2018, revelando que 45% da população não votaria em Michel Temer, colocando-o no topo do ranking de rejeição para o pleito presidencial.
Com o cenário de crise política enfrentada por Temer, a escolha do presidente para quem iria substituir Geddel na Secretaria de Governo não ficou tão fácil. Se, de um lado, o partido de maior impacto para o apoio da manutenção do governo era o PSDB, encarregando Imbahassy no posto, agora partidos médios reivindicam a pasta.
Siglas do “centrão”, incluindo PP, PSD e PTB analisam inclusive o boicote a medidas do governo futuras, como a reforma da Previdência e outras consideradas impopulares. Além disso, o PSB também estuda sair da base de apoio, por não concordar com a gestão de Temer.