Jornal GGN – No pedido de prisão de Eduardo Cunha (PMDB), o Ministério Público Federal lembrou que o bloqueio de R$ 220 milhões feito em junho, quase três meses antes o então deputado federal ser cassado, detectou que quatro contas em seu nome estavam zeradas.
Essa informação ajudou a fundamentar a medida cautelar solicitada ao juiz Sergio Moro. Cunha foi preso pelo magistrado de Curitiba nesta quarta (19), numa ação que “surpreendeu” por não ter sido avisada à imprensa com antecedência. O peemedebista foi levado de Brasília ao Paraná sem algemas.
O pedido de bloqueio foi decretado em junho em uma ação de improbidade administrativa que é conduzida por outro juiz, da 6ª Vara de Curitiba. As quatro contas em questão estão credenciadas em bancos nacionais.
“Em três das quatro contas que o deputado cassado mantém no Brasil, o resultado do bloqueio foi de que Cunha não tinha saldo positivo. Na quarta, o banco já não estava mais em atividade. O bloqueio foi realizado no dia 15 de junho. A remuneração mensal bruta de um deputado federal é de R$ 33.763,00”, destacou o jornal O Globo.
Nessa ação de improbidade, Cunha é acusado de ter atuado para que a Petrobras adquirisse um campo de petróleo na África. Em troca, ele teria recebido, em francos suíços, o equivalente a R$ 5 milhões de reais em propina. As autoridades suíças já bloquearam as contas de Cunha.
No pedido de prisão de Cunha, os procuradores destacaram que apenas essa conta foi bloqueada com saldo. Há nela o equivalente a 3 milhões de dólares, disseram.
O mesmo bloqueio encontrou R$ 623 mil nas contas da mulher de Eduardo Cunha, Cláudia Cruz. Também não foi encontrado nenhum valor nas contas da empresa C3, de propriedade de Cunha.