Jornal GGN – Nas negociações para angariar o apoio tucano em sua esperada gestão presidencial, o vice Michel Temer que já vinha manifestado o interesse, com as reuniões sequenciais ao senador José Serra (PSDB-SP), agora tenta atrair a proximidade de outro setor do eleitorado do PSDB.
Ao Ministério da Justiça, que já carregou possibilidades do meio técnico-jurídico como o criminalista Antonio Claudio Mariz de Oliveira, Michel Temer definiu a quem pertence a pasta: PSDB. O peemedebista aguarda uma indicação da cúpula nacional do partido para o Ministério.
E quem, mais especificamente, irá enviar a sua lista de nomes de apoio é o senador, candidato derrotado à presidência e presidente nacional do partido Aécio Neves (MG). E, junto com o nome, amanhã (03), Aécio entregará uma lista de condições para que o PSDB apoie um eventual governo Temer.
A colunista Mônica Bergamo adiantou que ganha, cada vez mais adeptos, o nome de Carlos Velloso, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), para o posto. Além de Velloso, também foi levantado o nome de Cezar Peluso, também de simpatia de Aécio.
Outra opção aventada por Temer foi, nada menos, do que o polêmico secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, que inicialmente chegou a ser convidado pelo peemedebista para a Advocacia-Geral da União (AGU).
Mas não pára na Justiça a influência tucana num governo Temer. Em conversas reservadas, o peemedebista teria negociado um apoio integral do PSDB em troca de até três Ministérios em sua gestão.
Mais definidas que o Ministério da Justiça, estariam a pasta de Relações Exteriores, que ficaria à disposição de Serra para chefiar, e Direitos Humanos, nas mãos do deputado Bruno Araújo ou de Mara Gabrilli.
Outro ponto a definir, Temer preocupa-se com uma possível desestabilização em nomes que podem gerar rivalidades. É o caso de Henrique Meirelles, cotado para a Fazenda, e José Serra, nas Relações Exteriores, que já tiveram problemas no passado, mas hoje garantem que não tem problemas de relacionamento.