A presidente da República ganhou um respiro nesta semana, com manifestações anti-impeachment maiores que as pró, as decisões do STF, a recuperação da liderança do PMDB da Câmara por um aliado, o conspirador Eduardo Cunha acossado pela Polícia Federal e a Procuradoria Geral da República, o missivista Michel Temer diminuindo de tamanho e, talvez ela não entenda assim, a despedida iminente do ministro Joaquim Levy.
A charge acima, de autoria do Aroeira, é de março de 2015.
De lá para cá, a situação do país e de Dilma Rousseff se deteriorou gravemente.
A semana escaldante oferece à presidente a chance de, até fevereiro, buscar a saída do labirinto e ensaiar a volta por cima,.
A volta por cima é o avesso de mais do mesmo.
Mais do mesmo significa a aplicação do programa econômico condenado pela maioria dos eleitores em 2014.
Mais do mesmo equivale ao passo adiante à beira do abismo.
O adeus de Levy não é dano, mas oportunidade.
Prognósticos sobre o desenlace da crise política?
São tantos os elementos imponderáveis que o futuro é imprevisível. Há muito mais incertezas do que certezas.
Precipitação é com quem cantou a bola sobre multidões bíblicas no domingo, a calmaria no lugar da borrasca na Lava Jato e o Supremo respaldando o correntista Cunha no rito do impeachment.
Acabou ocorrendo o contrário.
No que deram as crises de 1922, 1924, 1930, 1932, 1935, 1937, 1938, 1945, 1954, 1955, 1961 e 1964 eu sei.
2016? Só chutando. Com a palavra, os consultores.