entar e estimulam crescimento sustentável do país.
Divulgação BRF
Você pode até não perceber ao levar para casa uma lasanha de frango ou uma pizza de calabresa, mas o agronegócio tem tanto peso na sua rotina quanto na economia brasileira. Hoje, o setor representa 21,6% do PIB nacional, segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Na prática, isso significa que a agricultura e a pecuária são responsáveis não só pelo que acaba em sua mesa, mas por uma cadeia de produção que envolve vários segmentos da economia: agricultores, fabricantes de maquinário, nutricionistas, veterinários, transportadores, chegando até os lojistas e ao consumidor.
Para se ter uma ideia da dimensão desse setor, a BRF, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, tem no agronegócio brasileiro a base de produção, atendendo às etapas de fabricação dos produtos que chegam ao varejo, como proteína, margarinas, massas, presuntos, salsichas e linguiças. Nesta safra, a produção de grãos no país deve chegar a 240,6 milhões de toneladas, segundo o 10º Levantamento da Safra de Grãos 2018/2019, da Companhia Nacional de Abastecimento. Desses, um total de 11 milhões de toneladas ao ano são compradas por uma única empresa, a BRF, para produção de rações para as aves.
Do campo à mesa, os investimentos seguem por toda a cadeia. As rações sustentam a produção de aves e suínos que, por sua vez, são utilizados na fabricação dos alimentos. A produção da BRF chega a um quilo de alimento por brasileiro por mês. O resultado para a economia? Geração de empregos e desenvolvimento regional. No país inteiro, são mais de 15 milhões de pessoas ocupadas em alguma atividade agropecuária, segundo último Censo Agro do IBGE. Só na BRF, são mais de 12 mil produtores rurais diretamente empregados pela companhia. Estima-se que o faturamento anual de um produtor médio da companhia seja o equivalente ao de uma pequena empresa na cidade onde ele reside. Mas há efeitos ainda maiores do que o financeiro: o relacionamento de longo prazo que a empresa apresenta com seus colaboradores onde muitas famílias exercem essa atividade de geração em geração. Além dos produtores rurais, outras 36 mil pessoas estão ligadas ao segmento agro na BRF, gerando empregos indiretos junto a fornecedores e parceiros, por exemplo.
Para além da produção
Outros setores da economia também se beneficiam do agronegócio, entre eles a pesquisa e o ensino. O Brasil é líder em investimento em pesquisa agrícola na América Latina. Entre 2003 e 2016, houve um crescimento de 46,3% nos gastos com pesquisa e desenvolvimento na área, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária. Somente em 2018, a BRF investiu R$ 53,5 milhões em Pesquisa e Desenvolvimento, abrangendo todas as operações. A área agropecuária também cria oportunidades de intercâmbio com universidades, acesso a estágios e programas de trainees. Além disso, no setor de logística, a empresa emprega mais de 3 mil motoristas e outras 9 mil pessoas indiretamente. São 1,5 mil caminhões movimentados por dia.
Setor de pesquisa e desenvolvimento também se beneficia do agronegócio. — Foto: Divulgação BRF
O bem-estar animal é garantido por meio de processos que prezam por animais sem estresse e livres para expressar o seu comportamento natural. Na produção de aves, não são utilizados hormônios de crescimento ou animais clonados. O mesmo vale para a produção de suínos. Em 2018, a empresa substituiu o procedimento de mossa na identificação e rastreabilidade de suínos pelo sistema de tatuagem, menos invasivo para o animal. Até 2025, projeta usar apenas ovos provenientes de galinhas livres de gaiolas em todo o processo industrial de alimentos.
Segurança alimentar
O impacto do agronegócio brasileiro não se restringe à economia doméstica. Hoje, o Brasil é o terceiro maior produtor de alimentos, atrás apenas dos Estados Unidos e da Europa, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura. Isso significa que boa parte da segurança alimentar mundial – isto é, a garantia de que haverá fornecimento de alimentos de qualidade que podem ser consumidos sem fazer mal à saúde – está relacionada à capacidade brasileira de produzir grãos, oleaginosas e animais.
Nesse cenário, as empresas ajudam a garantir segurança alimentar também para outros países. A BRF, por exemplo, é líder global na exportação de frango e na produção de suíno e frango no mercado doméstico. A companhia vende 4 mil produtos de mais de 30 marcas, como Sadia, Perdigão e Qualy, sendo 5 milhões de toneladas de alimentos comercializadas mundialmente em 2018. São mais de 200 mil clientes distribuídos em 140 países, que vão de padarias a grandes varejistas, pequenos e médios mercados e o setor de restaurantes. No Oriente Médio, a BRF tem liderança nas exportações brasileiras de produtos Halal, certificação religiosa Halal, requerida para o consumo nos preceitos islâmicos, com mais de 41% de participação nos países do Golfo Pérsico.
Todos esses números mostram que o agronegócio tem um papel fundamental no futuro: garantir o fornecimento de alimentos e a geração de emprego e renda no país e no mundo.