Ações emergenciais em Mãe Luíza devem custar R$ 6 milhões
O custo estimado das ações emergenciais na área devastada do bairro de Mãe Luíza já chega a R$6 milhões. A cifra corresponde apenas às ações que estão sendo realizadas pela Prefeitura de Natal para contenção da encosta do morro e criação de um sistema provisório de drenagem da chuva e do esgoto. As obras, iniciadas em 18 de junho, devem ser encerradas nos próximos dez dias. O município ainda não sabe quanto irá custar a recuperação completa da área afetada.
As ações emergenciais começaram na última quarta-feira, com base em um relatório feito por especialistas da Universidade Federal do RN e do Instituto Federal do Rio Grande do Norte. As obras de contenção da encosta estão sendo realizadas pela empresa Ramalho Moreira, contratada emergencialmente.
Os recursos, porém, só serão repassados à empresa após apresentação da planilha e dos planos de recuperação emergencial e total da área ao Ministério da Integração, o que deve acontecer na próxima terça-feira (31). O prefeito Carlos Eduardo Alves irá a Brasília apresentar o planejamento.
“Esses recursos são uma estimativa dos custos iniciais que tivemos com algumas ações, como aterramento, montagem do muto, tubulações provisória. O plano final de reconstrução ainda está sendo montado”, afirmou o secretário adjunto de infraestrutura e obras públicas, Caio Múcio.
A Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas (Semopi) já concluiu 30% do aterramento da cratera. Ontem, foi iniciada a construção de um muro de contenção no meio da cratera. Formado por sacos de areia geoflexíveis denominados ‘big bag’, cada qual pesando cem quilos, o “muro” tem como objetivo evitar que a areia do aterro escorra com as novas chuvas. De acordo com a Secretaria, a ideia é que o muro cresça acompanhando o novo volume do aterro.
Ontem, quando a reportagem da TRIBUNA DO NORTE esteve no local, os sacos estavam sendo preenchidos por operários. Em seguida, seriam transportados por guinchos para a área da cratera onde o muro está sendo erguido.
De acordo com o secretário municipal de obras públicas, Tomaz Neto, o muro vai ser transposto pelas tubulações provisórias de água e esgoto, que estão sendo instaladas pela Semopi e pela Companhia de Águas e Esgotos (Caern). Os tubos que começaram a ser instalados no início da semana, devem colher a água e esgoto da tubulação rompida das ruas Atalaia e Guanabara e desembocar em lonas colocadas já ao pé do morro, próximo à Avenida Sílvio Pedroza. De lá, a água das chuvas vai para a praia e o esgoto deve ser desviado para a Estação Elevatória de Esgoto (EEE) Relógio do Sol, em Areia Preta.
O sistema provisório ainda está em 60% de conclusão, de acordo com a Semopi, causado pelo atraso da Caern em entregar a obra, mas deve ser finalizado até amanhã. Por ora, água e esgoto ainda jorram dentro da cratera de Mãe Luíza.
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