Apocalipse 15
15.1 — Outro sinal é um retrospecto de Apocalipse 12.1,3, onde o simbolismo da mulher e do dragão também apareceu no céu. Esse sinal é grande e admirável, aparentemente porque lida com as sete últimas pragas enviadas pelo Senhor. As pragas, as taças da ira de Deus (Ap 16.1), são muito mais fortes e mais difundidas do que os juízos das trombetas em Apocalipse 8.2—11.19. A ira de-Deus é consumada com as sete últimas pragas (Ap 15.1—19.5), que são imediatamente seguidas pela segunda vinda de Jesus e pelas bodas do Cordeiro (Ap 19.6-21).
15.2 — Um mar de vidro é mencionado em Apocalipse 4.6 como um lugar de adoração diante do trono de Deus. Aqui, ele é visto misturado com fogo, o que geralmente é um sinal do juízo divino. O fogo mostra que a ira do Senhor, agindo em juízo, alcançou o seu auge. O mar de vidro também tipifica a vitória do Senhor para todos os Seus vencedores. Os que saíram vitoriosos sobre a besta são mártires fiéis a cristo que não amaram a sua vida até à morte (Ap 12.11).
15.3,4 — O cântico de Moisés é uma referência a Êxodo 15.1-18, quando Israel celebrou a sua libertação da escravidão do Egito, principalmente do exército de faraó (Ex 14). Esse louvor, lembrando a grande redenção do Antigo Testamento, era entoado pelos judeus em suas reuniões do Sábado, assim como pelos primeiros cristãos na Páscoa.
O cântico do Cordeiro compara a obra consumada e redentora de Jesus Cristo com a libertação de Deus no êxodo. Talvez os que venceram no versículo 2 estejam seguros no outro lado, e os intensificados juízos dos capítulos anteriores sejam comparáveis à destruição culminante do exército de faraó quando o mar Vermelho se fechou sobre ele. Considerando as grandes obras e o caráter de
Deus, cada pessoa deveria temer o Senhor e glorificar o Seu nome confiando em Jesus Cristo.
A expressão todas as nações é a mesma encontrada em Mateus 28.19 e Lucas 24-47, expressando a extensão da Grande Comissão, a ordem de Jesus para proclamar as boas-novas a todos os povos. Adorar significa prostrar-se, trazendo à memória a descrição de Paulo da época em que todo joelho se dobrará diante de Jesus Cristo, o Senhor (Fp 2.10,11).
15.5 — O templo do tabernáculo associa a poderosa imagem do templo celestial em Apocalipse 11.19 com os fortes paralelos no capítulo 15 para o período do êxodo, quando a presença majestosa de Deus era claramente vista no tabernáculo. O tabernáculo do testemunho chama a atenção para a Lei ou para as tábuas do testemunho dadas a Moisés (Ex 31.18; 32.15).No novo céu e na nova terra, o tabernáculo de Deus estará com os crentes porque Ele habitará eternamente com eles (Ap 21.3).
15.6 — Sete anjos se apresentam para administrar as sete pragas, as quais são as últimas pragas (v.l) que Deus enviará antes de Cristo voltar. Vestidos de linho puro e resplandecente e cingidos com cintos de ouro. Como as suas vestimentas significam pureza e justiça, os anjos são representantes da justiça perfeita.
15.7 — As salvas (ou taças) de ouro cheias de ira lembram aquelas que, em Apocalipse 5.8, carregam incenso, representando as orações dos santos.
15.8 — A fumaça que encheu o templo tinha origem no poder e na glória de Deus e proibia o acesso ao Santo dos Santos. A fumaça significava a determinação de Deus para trazer juízo como uma expressão de Seu caráter e Sua autoridade. O juízo agora é irreversível, sem lugar para intercessão (Lm 3.44).
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