Salmo 33: Nossa Alma Espera no SENHOR

Apresentado sem identifica autor, Salmo 33 parece ser uma continuação do tema do Salmo 32, uma resposta de louvor por causa da misericórdia que o Senhor mostrou para com Davi, culpado de graves crimes. No final do Salmo 32, o rei perdoado chamou os justos a adorarem o Senhor. No Salmo 33, fazem exatamente isso, honrando Deus por ser fiel e proteger e abençoar os retos de coração. A comparação do final do Salmo 32 e o início do 33 mostra como este continua o tema daquele:

“Alegrai-vos no SENHOR e regozijai-vos, ó justos; exultai, vós todos que sois retos de coração” (Salmo 32:11).

“Exultai, ó justos, no SENHOR! Aos retos fica bom louvá-lo” (Salmo 33:1).

Dessa maneira, entendemos o louvor do Salmo 33 como reflexo da gratidão de Davi depois de ser purificado das suas transgressões contra o Senhor. Ele convida todos os servos do Senhor a participar do seu louvor, porque todos têm motivo de demonstrar a mesma gratidão. Não deve nos surpreender que um novo cântico (verso 3) levanta adoração a Deus por causa da redenção que ele oferece aos pecadores arrependidos.

Observamos na leitura do Salmo 33 o desenvolvimento do tema principal: Deus merece a adoração por ser reto e justo (versos 4 e 5). Vamos observar a estrutura e alguns versos de destaque:

Os retos e justos são chamados para louvar o Senhor (versos 1 a 5). Deus seria louvado com um novo cântico (verso 3). Apesar de existirem muitos hinos de louvor, o homem nunca exaustaria a lista de motivos de adorar ao Senhor. A expressão “novo cântico” aparece em Isaías e Apocalipse e várias vezes nos Salmos como maneira de destacar a redenção que o Senhor oferece aos homens. Os motivos do louvor são os atributos de Deus, sua justiça, retidão, fidelidade e bondade (versos 4 e 5).

Deus merece louvor por ser o Criador (versos 6 a 9). O poder de Deus como Criador de todos é um dos temas mais comuns na Bíblia quando se trata de motivos para a adoração. Aquele que nos fez merece nossa obediência e louvor. Se a palavra de Deus tem força suficiente para criar o Universo, suas criaturas devem respeitar tudo que ele diz.

Deus domina as nações (versos 10 a 12). Os mais poderosos líderes passam. Outros são eleitos para tomar seu lugar, e estes, também, passam, mas “O conselho do SENHOR dura para sempre” (verso 11). Mesmo quando os homens se exaltam com seus grandes projetos, Deus reina. “O SENHOR frustra os desígnios das nações e anula os intentos dos povos” (verso 10). Israel, a nação governada por Davi e especialmente escolhida por Deus, ocupava uma posição privilegiada (verso 12).

Deus olha para todos os homens (versos 13 a 19). Os versos anteriores mostraram que Deus considera os homens no sentido coletivo quando ele julga e exalta nações. Esses versos frisam sua preocupação com cada pessoa: “O SENHOR olha dos céus; vê todos os filhos dos homens, do lugar da sua morada, observa todos os moradores da terra” (versos 13 e 14). Nessa parte do Salmo, ele traz a mensagem do domínio de Deus sobre as nações ao nível do cidadão. Não devemos depositar nossa confiança em reis e exércitos, pois homens são incapazes de nos salvar. Deus tem o poder para livrar a alma da morte!

Os retos adoradores confiam no Senhor (versos 20 a 22). Os justos olham para além das autoridades humanas e esperam em Deus: “Nossa alma espera no SENHOR, nosso auxílio e escudo. Nele, o nosso coração se alegra, pois confiamos no seu santo nome. Seja sobre nós, SENHOR, a tua misericórdia, como de ti esperamos”.“Nossa alma espera no SENHOR, nosso auxílio e escudo. Nele, o nosso coração se alegra, pois confiamos no seu santo nome. Seja sobre nós, SENHOR, a tua misericórdia, como de ti esperamos”.

Os incertos ventos políticos continuam. Conflitos armados e econômicos dominam as manchetes. Vamos confiar em Deus como nosso escudo, o único verdadeiro Salvador.

-por Dennis Allan

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