Em Romanos 5 estudo, Paulo continua um assunto que foi iniciado ainda em passagens anteriores, e apresenta vários argumentos que sinalizam que para que aja salvação é necessário haver justificação.
No versículo 5, Paulo diz que a tribulação trás experiência e que essa por sua vez trás paciência, aprendizados e esperança.
Junto com a esperança vem à paz que é derramada em nossos corações pelo espírito santo que nos foi dado para que venha ocorrer a justificação.
É necessário confiar em Deus e no processo que passamos, pois muitas vezes passamos por tribulações e nos questionamos quais as razões para isso estar acontecendo.
Mas, sempre haverá uma experiência aprendida a partir disso, logo, trata-se de um processo evolutivo nosso que irá nos gerar virtudes. Acompanhe!
Romanos 5 Estudo: Contexto histórico
No contexto dessa passagem, o objetivo de Paulo é que consigamos entender que a salvação vem pela graça.
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O Senhor nos deu a graça da justificação a nosso favor de forma gratuita para que tenhamos condições de sermos salvos.
Logo, devemos aproveitar e buscar nossa justificação pela fé e crença no Deus todo poderoso.
(Romanos 5:1) Justificação pela fé
v. 1 Portanto, sendo justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo;
Diversos biblicistas divergem quanto ao fato de o capítulo 5 pertencer tematicamente á primeira seção principal de Romanos ou á seção da vida cristã, capítulos 6 a 8.
Contudo, a presente perícope possui conexões com ambas. Em (Rm 5:1-11), Paulo usa “nós” e “nos” para explicar os benefícios que possuem aqueles que são justificados.
A justificação é apenas uma das muitas maneiras de se falar a respeito da salvação. Nesta divisão, Paulo mostra como a justificação envolve a reconciliação.
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A justificação fala do nosso sólido status legal diante de Deus, enquanto a reconciliação descreve nosso relacionamento reparado com Deus em termos mais pessoais.
Estávamos em guerra contra Deus e pessoalmente alienados de Sua presença, mas o Senhor nos reconciliou por meio de Seu filho (v. 10).
Temos paz em alguns manuscrito pode ser lido como “compreendamos o fato de que temos paz”. Essa paz é um fato objetivo e estabelecido porque Jesus a realizou de uma vez para sempre.
(Romanos 5:2) A esperança na glória
v. 2 pelo qual também temos acesso pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos regozijamos na esperança da glória de Deus.
O acesso á graça de Deus é o privilégio de todos os cristãos. Temos a liberdade de entrar em Sua presença em todo tempo. Seu cetro dourado está sempre estendido (Et 4:11).
(Romanos 5:3-4) A tribulação nos trás aprendizados
v. 3 E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência,
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v. 4 e a paciência a experiência, e a experiência a esperança;
Os cristãos podem se gloriar nas circunstâncias difíceis e nas tribulações porque sabemos que através delas o Pai nos disciplina para maior santidade (Hb 12:10).
(Romanos 5:5) O espírito santo
v. 5 e a esperança não nos envergonha, porque o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que é dado a nós.
A esperança cristã é certa, porque o amor de Deus nos é assegurado pelo ministério do Espírito Santo no íntimo de nosso ser (nossos corações).
(Romanos 5:6-8) Jesus morreu pelos ímpios
v. 6 Porque estando nós ainda sem força, Cristo, a seu tempo, morreu pelos ímpios.
v. 7 Pois dificilmente alguém morrerá por um homem justo; talvez alguém ouse morrer pelo homem bom.
v. 8 Mas Deus demonstra o seu amor para conosco, em que sendo nós ainda pecadores, Cristo morreu por nós.
Podemos estar seguros do amor de Deus, visto que Ele fez tanto por nós quando ainda estávamos sem força.
Nós éramos ímpios pecadores, e Seus inimigos (v. 10). Jesus porém, morreu para salvar essas classes de pessoas.
A palavra traduzida como “por”, “pelos”, é a preposição grega hyper usada em contextos em que a substituição é o tema precípuo.
Jesus morreu em nosso lugar. Deus escolhe livremente nos amar e, ao fazer isso, atribui-nos valor por meio da fé em Cristo.
(Romanos 5:9) A justificação pelo sangue de Jesus
v. 9 Portanto, muito mais agora, tendo sido justificados pelo seu sangue, nós seremos salvos da ira por ele.
Não resta nenhuma dívida de ira para aqueles que foram justificados por meio da fé em Cristo.
(Romanos 5:10-11) A reconciliação
v. 10 Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido reconciliados, seremos salvos pela sua vida.
v. 11 E não somente isto, mas também nos regozijamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora recebemos a reconciliação.
Se, pela morte de Cristo, fomos reconciliados com Deus, quanto mais garantidas devem ser as boas-novas de salvação, agora que Ele ressuscitou e vive para sempre!
Romanos 5:12-21 – O pecado e a morte
Nessa seção, Paulo encerra sua discussão principal a respeito da justificação pala fé com uma analogia complexa, condensada e controversa.
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Ele mostra que a graça na justificação nos alcança e nos afeta em Cristo muito mais do que o pecado e a morte nos afetaram em Adão.
(Romanos 5:12) Somos pecadores
v. 12 Portanto, como por um homem o pecado entrou no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram;
Portanto dá a esse versículo uma certa conexão com a seção anterior. O pecado e a morte são quase personificados nessa perícope (cp. v. 21, “o pecado reinou na morte”).
Assim também (Gr. hosper) introduz uma sentença grega longa e difícil. As comparações principais são claras, mais alguns detalhes levam os intérpretes a opiniões diferentes.
Paulo considera o significado universal que o primeiro (Gn 1-3) e o último Adão (Jesus Cristo) têm para a humanidade.
Os biblicistas se dividem sobre a expressão porque todos pecam.
As duas interpretações principais são:
- Todas as pessoas cometem pecado e, todos os seres humanos pecado e, consequentemente, morrem;
- De algum modo, todos os seres humanos pecaram “em Adão”. A segunda opinião é mais provável e requer que Adão tenha sido um representante (cabeça federal) da raça e atuado em lugar de todos nós, ou que Adão tenha sido a cabeça seminal da raça e que, de algum modo, nós estávamos “nele”.
(Romanos 5:13-14) A morte física reinou na raça humana
v. 13 (porque até a lei, o pecado estava no mundo; mas o pecado não é imputado quando não há lei.
v. 14 No entanto, a morte reinou desde Adão até Moisés, até mesmo sobre aqueles que não tinham pecado à semelhança da transgressão de Adão, o qual é a figura daquele que havia de vir.
Esses versículos apoiam a segunda opção interpretativa para o versículo 12.
O pecado “reinou” (v. 21) sobre a humanidade antes da entrega da Lei, embora ninguém tenha pecado do modo que Adão pecou.
O pecado de Adão foi ato pessoal e deliberado que mergulhou a raça humana na morte física e espiritual.
Todos os seres humanos, inclusive bebês recém-nascidos e crianças pequenas, que são incapazes de avaliar o certo e o errado e que, por isso, não são pecadores deliberados, estão sob o domínio da morte.
Todas as pessoas agora nascem espiritualmente mortas (Ef 2:1-3). O pecado de Adão teve esse efeito amplo porque ele era um tipo (Gr. typos) ou prefiguração de Jesus, daquele que havia de vir, e representou toda a humanidade, tal como Jesus faria na cruz.
(Romanos 5:15-16) O dom pela graça
v. 15 Mas o dom gratuito também não é como a transgressão. Porque, se pela transgressão de um morreram muitos, muito mais abundou a graça de Deus para os muitos, e o dom pela graça de um homem: Jesus Cristo.
v. 16 E não foi assim o dom como transgressão, por um só que pecou. Porque o juízo veio por uma transgressão, para condenação, mas o dom gratuito veio de muitas transgressões para justificação.
As obras de Adão e de Jesus possuem extensão semelhante, mas têm efeitos completamente diferentes.
Apenas um pecado deliberado mergulhou a humanidade na ruína, mas Deus proporcionou a dádiva que resultou em justificação apesar de nossas muitas transgressões.
Aquilo que se obtém por meio de Jesus é muito maior do que aquilo que se perdeu por meio de Adão.
(Romanos 5:17) A abundância da graça
v. 17 Porque, se pela transgressão de um homem, a morte reinou por meio de um, muito mais os que recebem a abundância da graça, e do dom da justiça, reinarão em vida por meio de um, Jesus Cristo).
A morte prendeu toda a raça humana em seu reino.
O autor Hebreus retratou isso de maneira vívida quando escreveu a respeito do que Jesus realizou por Sua morte na cruz: “por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é Diabo, e libertasse aqueles que durante toda a vida estiveram escravizados pelo medo da morte” (Hb 2:14-15).
Os cristãos que, com o resto da humanidade, eram outrora escravos, no reino das trevas (Cl 1:13), foram trazidos para o reino de Cristo, como filhos, para reinar com Ele.
(Romanos 5:18) A condenação a partir do pecado de Adão
v. 18 Portanto, assim como pela transgressão de um veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também pela justiça de um veio o dom gratuito sobre todos os homens para justificação de vida.
O pecado de Adão resultou na condenação de todos os homens, ao passo que a morte substitutiva de Cristo tornou possível a justificação que traz a vida a todos os homens.
(Romanos 5:19) A partir obediência será feita justiça
v. 19 Porque, assim como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de um muitos serão feitos justos.
A expressão serão feitos não se refere ao último julgamento, como se nossa salvação estivesse pendente até o último momento.
Pelo contrário, ela descreve o fato de que os cristãos foram feitos justos quanto eles vieram á fé.
Uma vez que, ao escrever, Paulo sabia que muitas pessoas ainda chegariam á fé, era próprio usar o tempo futuro.
(Romanos 5:20-21) Paulo discute as funções das leis
v. 20 Além disso, veio a lei, para que a transgressão abundasse; mas onde o pecado abundou, superabundou a graça;
v. 21 para que, assim como o pecado reinou na morte, também a graça reinasse pela justiça para a vida eterna, por Jesus Cristo, nosso Senhor.
Como em (Gl 3:19), Paulo descreve a lei como um ator secundário no drama da redenção.
A lei nunca foi um fim em si mesma. Pelo contrário sua função era fazer com que a transgressão fosse ressaltada, tronando-nos cônscios do pecado. Por meio disso, fica realçada a necessidade da graça, fornecendo ocasião para Deus concedê-la de forma transbordante.
A lei também tinha outras funções que Paulo não discute particularmente nessa passagem.
Conclusão
Portanto, como podemos observar nessa passagem, Paulo fala que Deus entregou seu filho para que nós pudéssemos ser justificados.
Essa justificação nos possibilita que sejamos salvos, e nos foi dado de forma gratuita por misericórdia de Deus.
Assim como o pecado de Adão condenou a muitos, Deus também fala que obediência poderá salvar a muitos também.
Além disso, Paulo explana que a tribulação nos trás paciência e com ela uma série de aprendizados. Com isso, devemos entender e inclinar nossos pensamentos ao que devemos aprender diante de uma tribulação, pois de uma forma geral, se o Senhor nos permite passar por isso, significa que devemos aprender algo dessa situação.
O que você precisa aprender com o que está passando agora?