A PALAVRA DO DIA-Malaquias 4 1-6 – O FIM DOS ÍMPIOS, DOS QUE OUSAM REJEITAR A DEUS.


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Malaquias 4 1-6 – O FIM DOS ÍMPIOS, DOS QUE OUSAM REJEITAR A DEUS.

Estamos concluindo o último livro do Antigo Testamento. Malaquias estava se dirigindo a um povo desiludido, desanimado e cheio de dúvidas, cuja experiência era incompatível com a compreensão que eles tinham da era messiânica após o exílio.

Estamos na parte III – O justo julgamento de Deus, no último capítulo do livro.

III. O JUSTO JULGAMENTO DE DEUS (2.17-4.6) – continuação.

Como já falamos, estamos vendo o justo julgamento de Deus que faz parte da segunda parte das profecias de Malaquias, na terceira parte do livro, que se concentra na questão da justiça divina. Deus irá realmente ser justo? Irá ele realmente punir o ímpio e premiar o justo? Como ele fará isso? Quem será julgado? Quem será premiado?

Esses capítulos foram divididos em três seções: A. A certeza da justiça de Deus (2.17-3.5) – já vimos; B. A oferta divina da bênção (3.6-12) – já vimos; e, C. A importância de servir a Deus (3.13-4.6) – concluiremos agora.

  1. A importância de servir a Deus (3.13-4.6) –continuação.

Como já falamos, nós dividimos essa parte “C” em duas para melhor expormos nossas reflexões: 1. A honra de Deus no meio do seu povo (3.13-18) – já vimos e 2. O julgamento final por vir (4.1-6) – veremos agora.

Até o final do livro, veremos o julgamento final por vir. O julgamento por vir será completo e cabal; todos os malfeitores serão totalmente destruídos, deixando apenas os justos vivos para gozar das bênçãos de Deus.

A Bíblia toda, o tempo todo, fala da destruição final dos ímpios.

Antes de executar a sua justiça – perfeita, boa e agradável -, Deus mandaria um profeta para encorajar o povo a arrepender-se para que pudessem evitar a condenação e receber a bênção.

O dia por vir de juízo será ardente como uma fornalha – vs. 1. Duas imagens de fogo são usadas para descrever o Senhor em Malaquias:

  • O fogo do ourives (3.2).
  • A fornalha (4.1).

Compare com Sl 21.9; Is 10.16; 30.27; Jl 2.1,3; Sl 1.18; 3.8 e Hb 12.19.

Sendo o Senhor o fogo e a fornalha, os arrogantes e malfeitores seriam a palha que haveria de ser consumida, onde nem raiz, nem galho haverá de sobrar. A imagem aqui pressupõe uma árvore (Am 2.9) que seria consumida até a raiz; isto é, totalmente destruída. Assim, será o fim dos ímpios e daqueles que ousam desafiar a Deus ignorando-o, rejeitando-o sempre, apesar das advertências e das graças e misericórdias do Senhor.

Já para os que reverenciam ao Senhor e o temem, ele será o sol da justiça. A imagem do sol é aplicada ao Senhor em várias circunstâncias (Nm 6.25; Is 60.19; Ap 22.5). O rei davídico reinaria em justiça (Is 32.1) e seria chamado “Renovo justo” (Jr 23.5) que traria salvação (cura em suas asas – NVI). (Veja Ex 15.26; Dt 32.39). Algumas vezes, a cura é sinônima de perdão (2Cr 7.14; Sl 103.3; Is 53.5; Jr 17.14).

Com a salvação e a cura, haveriam os justos de saírem e saltarem como bezerros soltos num curral, sendo que depois esmagariam os ímpios que seriam como pó sob as solas dos seus pés no dia da ação de Deus, pondo fim a todos eles – vs. 3.

O Senhor ainda adverte os que o temem que não se esqueçam da lei do seu servo Moisés, dos decretos e das ordenanças que foram dadas a todo Israel no Horebe.

No entanto, antes disso tudo, o Senhor enviaria o profeta Elias – vs. 5. A relação desse versículo com ‘meu mensageiro’ em 3.1 é clara.

  • Ambos os versículos iniciam com a expressão ‘eis”.
  • Ambos usam a mesma forma do verbo enviar.
  • Em ambos os casos a missão é trazer arrependimento.
  • À luz do dia vindouro do Senhor “preparará o caminho” em 3.1 é semelhante a “converterá” em 4.6.

A pressuposição é que este “novo Elias” seja o mesmo personagem de “meu mensageiro” (3.1).

O Novo Testamento identifica Elias com João Batista (Mt 17.10-13; Mc 9.11-13; Lc 1.13,17).

Ele seria aquele que converteria o coração dos pais aos filhos. O arrependimento e a volta para Deus traz a restauração dos relacionamentos familiares (Lc 1.17).

»MALAQUIAS [4]

Ml 4:1 Pois eis que aquele dia vem

ardendo como fornalha;

todos os soberbos,

e todos os que cometem impiedade,

serão como restolho;

e o dia que está para vir os abrasará,

diz o Senhor dos exércitos,

de sorte que não lhes deixará nem raiz nem ramo.

Ml 4:2 Mas para vós,

os que temeis o meu nome,

nascerá o sol da justiça,

trazendo curas nas suas asas;

e vós saireis e saltareis

como bezerros da estrebaria.

Ml 4:3 E pisareis os ímpios,

porque se farão cinza debaixo das plantas de vossos pés

naquele dia que prepararei,

diz o Senhor dos exércitos.

Ml 4:4 Lembrai-vos da lei de Moisés,

meu servo, a qual lhe mandei em Horebe

para todo o Israel, a saber,

estatutos e ordenanças.

Ml 4:5 Eis que eu vos enviarei o profeta Elias,

antes que venha o grande e terrível dia do Senhor;

Ml 4:6 e ele converterá o coração

dos pais aos filhos,

e o coração dos filhos

a seus pais;

para que eu não venha,

e fira a terra com maldição.

Embora Malaquias comece com o anúncio do amor eletivo de Deus, o livro termina com ameaça de uma maldição.

A dupla ênfase de Malaquias (na misericórdia e no julgamento) nos remete ao pronunciamento de Paulo de que devemos considerar ‘a bondade e a severidade de Deus’ (Rm 11.22).

A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete
http://www.jamaisdesista.com.br

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