Blog do Levany Júnior

A PALAVRA DO DIA-Levítico 14 Estudo: A Cura da Lepra

Neste capítulo de Levítico 14 estudo, veremos que O Senhor, ainda, faz menção quanto à cerimonia de purificação do leproso. Ao ser constatada sua cura, o sacerdote deveria aspergir sobre ele o sangue de uma ave, por sete vezes.

O curado deveria realizar um procedimento higiênico e, após entrar no arraial, ainda, deveria permanecer sete dias fora de sua tenda. Após, realizaria o procedimento higiênico, novamente.

No oitavo dia, seriam oferecidos sacrifícios de cordeiros e oferta de manjares, sendo que o sacerdote passaria o sangue do sacrifício em algumas partes do corpo daquele que fora curado.

Havia previsão de sacrifício, também, neste caso, para pessoas com poucas condições financeiras. De igual forma, são dadas orientações quanto ao procedimento, a ser realizado, quando averiguada lepra em casas, sendo que, ficando constatada a praga, de forma maligna, a casa deveria ser derribada e as pedras lançadas para fora da cidade.

Em sendo constatada a purificação do ambiente, seria aspergido, na casa, o sangue de uma ave, viva, com água, por sete vezes, conforme orientações divinas.

Levítico 14 estudo: Contexto histórico
Anteriormente, o Senhor estabeleceu as orientações a serem tomadas pelos sacerdotes quanto aos leprosos. Deus ordena que os sacerdotes fizessem a análise e diagnóstico da doença.

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Quando, em alguém, surgisse vestígios de lepra, o sacerdote analisaria. Se não fosse possível obter o diagnóstico, quando analisado, o sacerdote encerraria a pessoa por sete dias e então analisaria novamente.

Constatada a lepra, o leproso teria suas vestes rasgadas, seu cabelo desgrenhado, seu bigode coberto e clamaria em alta voz: imundo! Imundo! Além de que deveria habitar fora do arraial. Também é tratado acerca da doença em tecidos e roupas de pele.

Levítico 14:1-32 – O diagnostico
Deus, em Sua graça, tomou providências para a restauração de pessoas consideradas impuras por causa de doenças de pele. Os sacerdotes não curavam a pessoa afetada.

Eles apenas diagnosticavam a doença e ajudavam com os rituais religiosos subsequentes à cura da pessoa.

O cap. 14 aponta para a graça de Deus, que proveu para que o povo afetado pela doença voltasse à comunidade dos fiéis.

(Levítico 14:1-3) O exame sacerdotal
v. 1 E o SENHOR falou a Moisés, dizendo:
v. 2 Esta será a lei do leproso no dia da sua purificação: ele será trazido ao sacerdote;

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v. 3 e o sacerdote sairá do acampamento, e o sacerdote o examinará; e eis que, se a praga de lepra estiver curada no leproso,

O exame da pessoa afligida por uma doença de pele tinha que ser feito fora do acampamento no caso da doença não ter sido erradicada completamente.

O acampamento era um lugar de grande importância cerimonial em Levítico, por ser o local onde ficava o tabernáculo da congregação.

Pessoas e coisas consideradas impuras deviam ser levadas para fora do acampamento-onde se jogava fora as cinzas (Lv 4:12), enterrava-se cadáveres (Lv 10:4-5), oferecia-se sacrifícios não legítimos (Lv 17:3), executava-se blasfemos (Lv 24:14,23) e bania-se pessoas com doenças de pele. Hebreus 13:11-13 declara que Jesus sofreu fora das portas.

(Levítico 14:4) O ritual de purificação
v. 4 então o sacerdote ordenará que se tome para aquele que se houver de purificar duas aves vivas e limpas, e madeira de cedro, e escarlate, e hissopo;

Mesmo sendo curada, a pessoa tinha de passar por um ritual de purificação, que envolvia um sacrifício animal.

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O escarlate era um pano de lã colorido com tintura vermelho-carmesim, feita a partir dos insetos quermesse ou cochonilha.

A planta conhecida como hissopo tinha boa qualidade absorvente, era abundante em Israel e estava associada com a purificação (Sl 51:7).

(Levítico 14:7) A representação da liberdade
v. 7 e ele espargirá sobre aquele que há de purificar-se da lepra sete vezes; e o declarará limpo, e soltará a ave viva em campo aberto.

Soltará a ave viva em campo aberto poderia ser um paralelo com o ritual do Dia da Expiação, em que se libertava um bode emissário (Lv 16:21-22), ou poderia representar a libertação da pessoa curada das cadeias da morte, sendo lhe permitido viver livremente na comunidade.

(Levítico 14:10) O oitavo dia
v. 10 E no oitavo dia ele tomará dois cordeiros sem defeito, e uma cordeira de um ano sem defeito, e três dízimas de farinha fina para oferta de alimentos, misturada com óleo, e um logue de óleo.

A pessoa curada podia ficar no acampamento a partir do oitavo dia, o qual marcava um novo começo e tem particular importância em Levítico. Geralmente o oitavo dia está associado a descanso e celebração (v. 10).

(Levítico 14:11-13) Oferta pela transgressão
v. 11 E o sacerdote que faz sua purificação apresentará o homem que houver de purificar-se com estas coisas perante o SENHOR, à porta do tabernáculo da congregação;

v. 12 e o sacerdote tomará um dos cordeiros, e o oferecerá por oferta pela transgressão, e o logue de óleo, e os moverá por oferta movida perante o SENHOR;

v. 13 e ele matará o cordeiro no lugar onde ele mata a oferta pelo pecado e a oferta queimada, no santo lugar; porque assim como a oferta pelo pecado é do sacerdote, também é a oferta pela transgressão; é coisa santíssima.

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Era necessária uma oferta pela transgressão porque a pessoa atribulada estava fora da comunidade e separada de Deus por não poder entrar no santo lugar. Esta oferta era singular.

Era o único sacrifício de sangue no qual o animal inteiro tinha que passar pelo ritual da oferta movida (ver nota em Lv 7:30-31).

Como o sangue do cordeiro era crucial para esta oferta, não se podia substituir este sacrifício por dinheiro (1Pe 1:19-20).

(Levítico 14:14) O símbolo do sangue
v. 14 E o sacerdote tomará um pouco do sangue da oferta pela transgressão, e o sacerdote o colocará sobre a ponta da orelha direita daquele que tem de purificar-se, e sobre o dedo polegar da sua mão direita, e sobre o dedo grande do seu pé direito;

O fato de se colocar sangue nas extremidades da pessoa curada simbolizava que todo o seu ser-orelha… mão e pé-deveria ser consagrado a Deus.

As orelhas eram importantes porque as pessoas confessaram seu pecado ao sacerdote. As mãos e os pés eram parte de importantes rituais executados no tabernáculo (Lv 8:23-24).

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(Levítico 14:18-20) A expiação
v. 18 e o restante do óleo que está na mão do sacerdote, ele o derramará sobre a cabeça daquele que tem de purificar-se; e o sacerdote fará expiação por ele perante o SENHOR.

v. 19 E o sacerdote oferecerá a oferta pelo pecado, e fará expiação por aquele que tem de purificar-se da sua impureza; e depois ele matará a oferta queimada;

v. 20 e o sacerdote oferecerá a oferta queimada e a oferta de alimentos sobre o altar; e o sacerdote fará expiação por ele, e este será limpo.

O sacerdote também deveria trazer uma oferta queimada para fazer expiação pela pessoa que foi curada. O “expiação” pode significar “limpar” , “purgar”, “purificar” ou “propiciação”.

Como resultado, o homem curado seria declarado limpo e, portanto, perdoado, pronto para entrar na presença de Deus com confiança.

O conceito é importante para a teologia sacrificial de Levítico porque a propiciação purificava de todos os pecados, conhecidos ou não.

A linguagem utilizada declara que a impureza física era purificada, ao passo que a impureza moral tinha que ser perdoada.

(Levítico 14:21-32) A observância quanto aos pobres
Em Sua graça, Deus proveu concessões para o poder ser pobre (Ex 22:25).

(Levítico 14:33-53) A praga em uma casa
Assim como o mofo em tecidos em Lv 13:47-59, a praga da lepra em uma casa poderia comprometer a pureza cerimonial da comunidade, não sendo, portanto, permitido. Pelo fato de poder se espalhar, a praga da lepra era totalmente erradicada (v. 43-45).

A cerimônia para purificar uma construção com a praga da lepra era parecida com a cerimônia para purificar uma pessoa com doença de pele, exceto por não haver oferta pela transgressão nem pelo pecado em favor da construção, pois ela só precisava ser declarada pura; não precisava ser preparada para comunhão com Deus.

Conclusão
Neste momento, vemos que, além do sacrifício de purificação de um leproso, Deus instrui acerca dos procedimentos a serem realizados em sendo constatada a lepra numa casa.

Se a praga fosse verificada num imóvel, este deveria ser derribado. Ao final do capítulo, o Senhor declara que, Seu objetivo, é ensinar quando qualquer coisa é limpa ou impura.

Desta forma, somos levados a refletir sobre aquilo que torna nosso lar um ambiente impuro. Como já mencionamos, as escrituras tratam como impureza os nossos pecados, sendo que eles geram inimizade contra Deus (Romanos 8:7).

Neste momento, Deus nos ensina sobre uma casa impura, ou seja, incompatível com a presença de Deus e, portanto, restrita de tudo que provém dela.

Somos os responsáveis por levar Sua presença aos nossos lares, visto que Ele habita em nós (1 Coríntios 3:16).

A família é um projeto do Senhor (Gênesis 2:18). A partir do momento que o homem a constitui, ela passa a ser o principal alvo do inimigo, por razões obvias: atacando um dos membros, todos serão afetados.

Aprendemos, então, que a impureza do pecado, pode, em determinadas situações, não nos destruir, mas destruir nosso lar.

Aquele que teme ao Senhor e, portanto, se aparta da impureza (pecado), experimentará do amor e da justiça de Deus nos filhos dos filhos (Salmo 103-17-18).

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