Blog do Levany Júnior

A PALAVRA DO DIA-A Bíblia fala de duas ressurreições: a dos justos na vinda de Cristo, no início do milênio, e a dos injustos no fim do milênio

A ressurreição dos justosEm: TeologiaPor: Alfons BalbachOs santos, tanto os, mortos ressuscitados como os vivos transformados, não permanecerão aqui mas serão arrebatados da Terra ao encontro do Senhor nos ares.
A Bíblia fala de duas ressurreições: a dos justos na vinda de Cristo, no início do milênio, e a dos injustos no fim do milênio. A dos justos é chamada a “primeira ressurreição” (Apocalipse 20:6), ou “a ressurreição da vida” (João 5:29), ou ainda “a ressurreição dos justos” (Lucas 14:14).

“Não quero, porém, irmãos”, escreveu Paulo, “que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com Ele. Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do Céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro” (I Tessalo­nicenses 4:13-16).

“Em verdade, em verdade vos digo”, declarou Jesus, “que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão […] Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a Sua voz. E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida..” (João 5:25, 28, 29).

O profeta Ezequiel assim descreve esta ressurreição: “Veio sobre mim a mão do Senhor, e o Senhor me levou em espírito, e me pôs no meio de um vale que estava cheio de ossos; e me fez andar ao redor deles. E eis que eram mui numerosos sobre a face do vale, e estavam sequíssimos. E me disse: Filho do homem, poderão viver estes ossos? E eu disse: Senhor Jeová, tu o sabes. Então me disse: Profetiza sobre estes ossos, e dize-lhes: Ossos secos ouvi a palavra do Senhor. Assim diz o Senhor Jeová a estes ossos: Eis que farei entrar em vós o espírito, e vivereis. E porei nervos sobre vós, e farei crescer carne sobre vós, e sobre vós estenderei pele, e porei em vós o espírito, e vivereis; e sabereis que Eu sou o Senhor. Então profetizei como se me deu ordem. E houve um ruído, enquanto eu profetizava; e eis que se fez um reboliço, e os ossos se juntaram, cada osso ao seu osso. E olhei, e eis que vieram nervos sobre eles, e cresceu a carne, e estendeu-se a pele sobre eles por cima; mas não havia neles espírito. E Ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó filho do homem, e dize ao espírito: Assim diz o Senhor Jeová: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra sobre estes mortos, para que vivam. E profetizei como Ele me deu ordem; então o espírito entrou neles e viveram, e se puseram em pé, um exército grande em extremo. Então me disse: Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel. Eis que dizem: Os nossos ossos se secaram, e pereceu a nossa esperança; nós estamos cortados. Portanto profetiza, e dize-lhes: Assim diz o Senhor Jeová: Eis que Eu abrirei as vossas sepulturas, e vos farei sair das vossas sepulturas, ó povo Meu..” (Ezequiel 37:1-12).

O apóstolo Paulo refere a ressurreição dos justos nos seguintes termos: “Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos? E com que corpo virão? Insensato! O que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer. E, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como de trigo, ou doutra qualquer semente. Mas Deus dá-lhe o corpo como quer, e a cada semente o seu próprio corpo. Nem toda a carne é uma mesma carne, mas uma é a carne dos homens, e a outra a carne dos animais, e outra a dos peixes, e outra a das aves. E há corpos celestes e corpos terrestres, mas uma é a glória dos celestes e outra a dos terrestres. Uma é a glória do Sol, e outra a glória da Lua, e outra a glória das estrelas; porque uma estrela difere em glória de outra estrela. Assim é também a ressurreição dos mortos. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará com vigor. Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo animal, há também corpo espiri­tual. Assim está também escrito: O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivifi­cante. Mas não é primeiro o espiritual, senão o animal; depois o espiritual. O primeiro homem, da Terra, é terreno; o segundo homem, o Senhor, é do Céu. Qual o terreno, tais são também os terrenos; e, qual o celestial, tais também os celes­tiais. E, assim como trouxemos a imagem do terreno, assim traremos também a imagem do celestial. E agora digo isto, irmãos: que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a corrupção herda a incorrupção. Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível, se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortali­dade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória?” (1 Coríntios 15:35-55).

Após a redenção, teremos, não há dúvida, natureza espiri­tual. Mas quer isto, porventura, dizer que seremos imate­riais? De maneira nenhuma! Em certa medida, somos espirituais desde a nossa conversão. (1 Coríntios 14:37; Gaia­tas 6:1). Somos mesmo classificados como “espírito” (João 3:6). No entanto, o nosso estado material não sofreu a mínima diminuição. Somos tão concretos como antes. Na vinda de Cristo, não será dissolvido o nosso corpo. Será, isso sim, mudado de corruptível para incorruptível, de mortal Para imortal. (1 Coríntios 15:51-54). O espírito não poderia subsis­tir sem o corpo, assim como não pode haver música sem instrumento. Por isso, aguardamos, para o dia da vinda do Senhor, não só a salvação do nosso espírito (1 Coríntios 5:5), mas também “a redenção do nosso corpo” (Romanos 8:23).

Os justos que dormem no pó da terra, não ressuscitarão como espíritos abstratos, mas como corpos concretos. Por ocasião da morte de Cristo na cruz, “abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados; e, saindo dos sepulcros, quando da ressurreição dEle, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos” (Mateus 27:52, 53). Temos aqui um exemplo de ressurreição de justos, por onde vemos que não se trata de entidades imateriais, mas de corpos físicos, visíveis. “Por que eu sei que o meu Redentor vive”, disse Jó, “e que por fim Se levantará sobre a Terra. E depois de consumida a minha pele, ainda em minha carne verei a Deus” (Jó 19:25, 26). Em Ezequiel 37, onde se descreve a ressurreição dos justos, é dito que eles terão ossos, nervos e carne. Deve-se, porém, entender que é matéria incorruptível, “pois os mortos ressuscitarão incorruptíveis” (1 Coríntios 15:52). Não teremos carne e sangue corruptíveis como os temos hoje, pois assim não poderíamos herdar o reino de Deus.

Teremos, sim, corpos gloriosos, de substância incorruptí­vel, conforme o “corpo glorioso” (Filipenses 3:21) de Jesus. A isto é que Paulo chama “corpo espiritual”. Ele faz uma com­paração entre corpos celestes — entre a Lua, o Sol e as estre­las, por exemplo — para nos fazer ver que esses corpos diferem em glória um do outro e para dar-nos uma ideia da diferença entre nosso atual corpo corruptível e o futuro corpo espiritual e glorioso de que havemos de revestir-nos. Se esse “corpo espiritual” devesse ser abstrato, então seria imprópria a comparação de Paulo entre corpos celestiais concretos, e, neste caso, deveria fazer uma comparação entre corpo concreto e coisa abstrata ou invisível — entre a Lua e o vento, por exemplo.

Cristo, na Sua vinda, não estabelecerá Seu reino aqui na Terra, como se crê popularmente. Os santos, tanto os, mortos ressuscitados como os vivos transformados, não permanece­rão aqui mas serão “arrebatados” da Terra “ao encontro do Senhor nos ares” (1 Tessalonicenses 4:17). Serão em seguida trasladados para as mansões celestiais que lhes foram preparadas por Jesus na casa do Pai. “Não se turbe vosso coração”, disse Jesus, “credes em Deus, crede também em Mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, Eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se Eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para Mim mesmo, para que onde Eu estiver estejais vós também” (João 14:1-3). Cumprir-se-á então a promessa que diz: “As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que O amam” (1 Coríntios 2: 9).

As duas classes de salvos — os justos vivos transformados e os justos mortos ressuscitados (1 Coríntios 15:51, 52; 1 Tessalonicenses 4:16, 17) — foram mostradas ao vidente de Patmos em visão. Ele assim as descreve: “E vi outro anjo subir da banda do sol nascente, e que tinha o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar, dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que haja­mos assinalado nas suas testas os servos do nosso Deus. E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil..” (Apocalipse 7:2-4). Estes são os santos vivos transformados na segunda vinda de Cristo. É inegável que eles serão trasladados para o Céu, pois João o apocalíptico, em visão, os viu junto ao mar de vidro (Apocalipse 15:2-3), que se encontra diante do trono de Deus (Apocalipse 4:6). Em seguida, o apóstolo João viu os justos ressuscitados por altura do segundo advento de Cristo: “Depois destas coisas olhei”, diz ele, “e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestidos brancos e com palmas nas suas mãos; e clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro” (Apocalipse 7:9, 10). Esta classe de salvos também será trasladada para o Céu, pois João os viu “diante do trono” de Deus.

Como já vimos, as Escrituras só apresentam duas classes de salvos: os vivos transformados e os mortos ressuscitados por ocasião do advento de Cristo. E ao apóstolo João só foram mostradas essas duas classes: os “cento e quarenta e quatro mil” (Apocalipse 7:4) e a “multidão” (verso 9), respectivamente. Não fala a Bíblia de nenhuma terceira classe de salvos.

A Bíblia fala da imposição do sinal da besta por lei no tempo do fim e ameaça com severo castigo a todos os que receberem esse sinal. Estes serão atingidos pelas pragas (Apocalipse 16:1, 2) e irão para a perdição (Apocalipse 14:9-11). Daí ressalta que, dos vivos, apenas se salvarão aqueles que não receberem o sinal da besta. A imposição desse sinal e a perseguição movida contra aqueles que recusam recebê-lo, é descrita no capítulo 13 de Apocalipse. Em seguida são apresentados os vencedores em número de apenas cento e qua­renta e quatro mil. “E olhei e eis que estava o Cordeiro sobre o monte de Sião, e com Ele cento e quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham escrito o nome dEle e de Seu Pai. E ouvi uma voz do Céu, como a voz de muitas águas, e como a voz de um grande trovão; e ouvi uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas. E cantavam um como cântico novo diante do trono, e diante dos quatro animais (criaturas viventes) e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da Terra” (Apocalipse 14:1-3). Este mesmo grupo é, no capítulo 15, descrito como segue: “E vi um como mar de vidro misturado com fogo; e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as Tuas obras, Senhor Deus Todo-poderoso! justos e verdadei­ros são os Teus caminhos, ó Rei dos santos” (Apocalipse 15:2, 3). Se somente os cento e quarenta e quatro mil saíram “vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome”, resulta-se que todos os outros vivos, atingidos pelo decreto, não venceram, mas receberam o sinal da besta, e, neste caso, terão que perecer (Apocalipse 14:9-11; 16:1, 2).

Muitos creem que o advento do Salvador marcará o início de um milênio de paz e conversão dos ímpios aqui na Terra. Mas esta crença não tem fundamento na Bíblia. Todos os ímpios vivos serão destruídos quando Cristo vier. E também os cristãos professos, que não estiverem preparados, serão rejeitados. Quem até então não estiver preparado para a sal­vação, não terá mais oportunidade para salvar-se. A Bíblia é muito explícita sobre este ponto.

Quando terminar a obra sacerdotal de Cristo no santuário celestial, fechar-se-á a porta da graça, e ninguém mais poderá mudar seu estado. Pronunciar-se-á então esta frase solene: “Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda” (Apocalipse 22:11). Em seguida, Cristo descerá à Terra. Os que estiverem preparados para a salvação, serão salvos; os que não estiverem, serão extermina­dos.

Os salvos, trasladados para o Céu, “serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com Ele mil anos” (Apocalipse 20:6). O versículo 4 nos diz o que hão de fazer durante esse reinado: julgarão os ímpios e os anjos caídos. “E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar”. “Não sabeis vós”, disse o apóstolo Paulo, “que os santos hão de julgar o mundo? […] Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos?” (1 Coríntios 6:2, 3).

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