A Bíblia diz que o justo viverá pela fé, ou seja, na certeza de alcançar as promessas de Deus (Hb. 10: 38). Mas, na prática, muitos daqueles que se propõem a viver pela fé o fazem apenas em parte, demonstrando incoerência naquilo que diz crer. É o caso de algumas lideranças que se levantam para plantar o evangelho no coração das pessoas, como manda o plano divino, e se preocupam exageradamente com as fontes de recursos para levar a cabo o propósito que abraçaram. Provavelmente passa despercebido o fato de que o dono da obra que fazem é o próprio Deus, e da mesma forma que Ele tocou no coração das pessoas para crerem, toca também para que elas sustentem a obra financeiramente. Veja como Abraão, usou a fé e foi justificado quando o Senhor pediu que sacrificasse seu filho Isaque. Eis o diálogo entre os dois, a caminho do monte onde Isaque deveria ser sacrificado. Veja o texto:
“Disse Isaque a Abraão, seu pai: … Eis o fogo e a lenha, porém onde está o cordeiro para o holocausto? Respondeu Abraão: Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto; …” (Gn. 22: 7-8).
Mesmo diante da tristeza que, certamente estava em seu coração, Abraão não disse para Isaque que estavam caminhando para sacrificá-lo. Ele mostrou totalmente confiante de que o Senhor daria uma solução. E Deus respondeu como esperado (Gn. 22: 13). Essa, possivelmente, foi a maior demonstração de fé que alguém já deu até hoje. O Senhor não deixou Abraão matar o filho, e justificou-o pela fé. O que Deus fez com Abraão, simbolizou o que mais tarde Ele viria a fazer com nós, sacrificando Seu Filho para pagar pelos nossos pecados. Isso mostra que os planos do Senhor estão muito acima do que possamos entender de imediato (Is. 55: 9).
Portanto, o que precisamos é demonstrar que, investe no plano de Deus, quem se propõe a ofertar ou dizimar para levar em frente a semeadura do evangelho; e esse investimento não é como aquele que normalmente fazemos, plantando hoje para comer amanhã. Esse, nos leva a plantar a vida eterna, não só para quem o faz, como também para muitas outras pessoas que serão alcançadas com o conhecimento da verdade. É o princípio da lei do amor, que não se preocupa com seus próprios interesses, não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade (I Co. 13: 5-6). Essa é a razão pela qual Deus provê todas as necessidades, não só da igreja de Jesus, como daqueles que dela participam. Veja a afirmação do apóstolo Paulo. Eis o texto:
“Aquele que supre o semeador de semente e de pão para alimento, suprirá e multiplicará a vossa sementeira, e aumentará os frutos da vossa justiça” (II Co. 9: 10).
Por isso, participar da obra de Deus representa a oportunidade que o Senhor nos oferece de sermos incluídos em Seu plano, que vai muito além de nosso pobre entendimento. Não é um “toma lá dá cá”, como acontece grosseiramente entre as pessoas mundanas. Deus supre nossas necessidades quando encontra fé em nosso coração.
Que o Senhor conceda a força e o poder para vencer todas as coisas.
Natanael de Souza