A PALAVRA DO DIA-0 Esdras 6:1-22 – A RESTAURAÇÃO, A DEDICAÇÃO E A CELEBRAÇÃO DA PRIMEIRA PÁSCOA NO TEMPLO.
O REGRESSO DOS EXILADOS E A RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO – 1:1 a 6:22.
- A reconstrução do templo – 3:1 a 6:22.
- A reconstrução do templo propriamente dito – 3:7 ao 6:22.
Assim que os primeiros sacrifícios haviam sido oferecidos, no altar recém restaurado, foram tomadas providências para se iniciar a reconstrução do templo.
Essa parte “2. A reconstrução do templo propriamente dito – 3:7 ao 6:22.” Foi dividida em 5 outras partes. a. A reconstrução é iniciada – 3:7-13 – já vista. b. Oposição à reconstrução – 4:1-24 – já vimos. c. A reconstrução é retomada – 5:1-2 – veremos agora. d. Oposição à reconstrução – 5:3 – 6:12 – começaremos agora. e. A reconstrução é concluída – 6:13-22.
Concluiremos agora o capítulo 6 e com ele toda a primeira parte.
- Oposição à reconstrução – 5:3 – 6:12 – continuação.
Como já tínhamos visto, assim que os trabalhos foram reiniciados, os oficiais persas já ofereceram resistência. No entanto, o agir de Deus fez com que ganhassem tempo e até a confirmação do rei Dario, o trabalho teve prosseguimento.
Foi ai que houve a elaboração de uma carta partindo a ideia de Tatenai, o governador daquém Eufrates, com Setar-Bozenai e os seus companheiros, os afarsaquitas. Os líderes judeus responderam as perguntas dos oficiais persas – vs 3,4 – e tudo isso foi incluída numa carta ao rei Dario.
Começou-se então uma busca por ordem do rei Dario para se ver se existia ou não tal decreto de Ciro que apoiava os judeus na reconstrução da Casa de Deus.
Graças a Deus, o decreto foi localizado em Acmetá, uma cidade quase 500 km a nordeste da Babilônia, e, certamente, a cidade onde se publicou tal decreto.
Embora a cópia esteja um pouco diferente (compare 1:2-4 com 6:3-5), ela é a cópia oficial e, com base nela, Dario emitiu outro decreto para reforçar o de Ciro.
Agora o povo de Deus tinha o apoio dos reformadores que queriam reconstruir e reformar a Casa de Deus que estava destruída, do povo de Deus que estava animado, dos reis persas, primeiro Ciro e agora Dario e, principalmente, o apoio de Deus que controla e manda em todas as coisas.
Deus estava concedendo uma grande vitória ao povo de Deus. Até apoio financeiro eles acabaram obtendo para poderem concluir todo trabalho – vs 8. Até o culto no templo e os sacrifícios necessários foram subsidiados e apoiados, vencendo assim quaisquer oposições.
No decreto de Dario havia maldições contra todos aqueles que se opusessem contra suas ordens. Era comum isso, naqueles decretos antigos, cláusulas assim especificadas – vs. 11; Ap 22:18,19. O que era uma oposição, agora se constituiu num apoio legal e irrevogável para a reconstrução do templo.
- A reconstrução é concluída – 6:13-22.
Depois de enfrentarem e superarem fortes oposições, os judeus que regressaram finalmente, depois de uma interrupção de 17 anos no trabalho, completaram o templo, a Casa de Deus.
Depois de enfrentarem e superarem fortes oposições, os judeus que regressaram finalmente completaram o templo.
A pregação dos profetas Ageu e Zacarias estimulou o povo a retornar o trabalho (5:1-2) e completá-lo.
Conforme nos ensina a BEG, a referência a Artaxerxes pode parecer deslocada, uma vez que o templo propriamente dito foi concluído antes de ele se tornar rei. No entanto, “o templo” não e mencionado explicitamente na passagem em aramaico do v. 14, de modo que a referência pode ser uma indicação da conclusão de toda a “casa de Deus”, incluindo a comunidade e o muro, que foram reconstruídos sob o governo de Artaxerxes (Ed 7:11-26; Ne 2:1,8).
Bem interessante essa análise e coincidências das datas em Esdras que marcaram esse tão importante evento na vida e história de Israel, agora um só povo de Deus. Acabou-se a reconstrução – vs 15 – no terceiro dia do mês de Adar, no sexto ano do reinado de Dario, no dia 12 de março de 515 a.C., quatro anos depois do trabalho ter sido retomado (Ag 1:15), vinte anos depois de ter sido iniciado (3:8), e quase exatamente setenta anos depois do templo de Salomão ter sido destruído em 586 a.C.
A dedicação do templo foi um marco na restauração de Israel. A digressão, conforme já vimos em 4:6-23, já havia indicado que haveria problemas pela frente. A dedicação do muro (Ne 2:27) e as reformas finais (Ne 13) concluiriam a reconstrução mencionada inicialmente em 1:2-4.
Ed 6:1 Então o rei Dario deu ordem, e buscaram nos arquivos,
onde se guardavam os tesouros em Babilônia.
Ed 6:2 E em Acmeta, no palácio, que está na província de Média,
se achou um rolo, e nele estava escrito um memorial
que dizia assim:
Ed 6:3 No primeiro ano do rei Ciro, este baixou o seguinte decreto:
A casa de Deus, em Jerusalém, se reedificará para lugar em
que se ofereçam sacrifícios, e seus fundamentos
serão firmes; a sua altura de sessenta côvados,
e a sua largura de sessenta côvados;
Ed 6:4 Com três carreiras de grandes pedras, e uma carreira
de madeira nova; e a despesa se fará da casa do rei.
Ed 6:5 Além disso, os utensílios de ouro e de prata da casa de
Deus, que Nabucodonosor transportou do templo
que estava em Jerusalém, e levou para Babilônia,
serão restituídos, para que voltem ao seu lugar,
ao templo que está em Jerusalém,
e serão postos na casa de Deus.
Ed 6:6 Agora, pois, Tatenai, governador dalém do rio, Setar-Bozenai,
e os seus companheiros, os afarsaquitas, que habitais dalém
do rio, apartai-vos dali.
Ed 6:7 Deixai que se faça a obra desta casa de Deus;
que o governador dos judeus e os seus anciãos reedifiquem
esta casa de Deus no seu lugar.
Ed 6:8 Também por mim se decreta o que haveis de fazer
com os anciãos dos judeus, para a reedificação desta casa de
Deus, a saber: que da fazenda do rei, dos tributos
dalém do rio se pague prontamente a despesa a estes
homens, para que não interrompam a obra.
Ed 6:9 E o que for necessário, como bezerros, carneiros, e cordeiros,
para holocaustos ao Deus dos céus, trigo, sal, vinho e azeite,
segundo o rito dos sacerdotes que estão em Jerusalém,
dê-se-lhes, de dia em dia, para que não haja falta.
Ed 6:10 Para que ofereçam sacrifícios de cheiro suave ao Deus dos
céus, e orem pela vida do rei e de seus filhos.
Ed 6:11 Também por mim se decreta que todo o homem que mudar
este decreto, se arrancará um madeiro da sua casa,
e, levantado, o pendurarão nele, e da sua casa se
fará por isso um monturo.
Ed 6:12 O Deus, pois, que fez habitar ali o seu nome derrube a todos
os reis e povos que estenderem a sua mão para mudar
o decreto e para destruir esta casa de Deus,
que está em Jerusalém.
Eu, Dario, baixei o decreto; com diligência se faça.
Ed 6:13 Então Tatenai, o governador dalém do rio, Setar-Bozenai
e os seus companheiros, assim fizeram diligentemente,
conforme ao que decretara o rei Dario.
Ed 6:14 E os anciãos dos judeus iam edificando e prosperando
pela profecia do profeta Ageu, e de Zacarias, filho de Ido.
E edificaram e terminaram a obra conforme ao mandado do
Deus de Israel, e conforme ao decreto
de Ciro
e Dario,
e de Artaxerxes, rei da Pérsia.
Ed 6:15 E acabou-se esta casa no terceiro dia do mês de Adar,
no sexto ano do reinado do rei Dario.
Ed 6:16 E os filhos de Israel, os sacerdotes, os levitas, e o restante dos
filhos do cativeiro, fizeram a dedicação desta casa de Deus
com alegria.
Ed 6:17 E ofereceram para a dedicação desta casa de Deus
cem novilhos, duzentos carneiros, quatrocentos cordeiros,
e doze cabritos por expiação
do pecado de todo o Israel;
segundo o número das tribos de Israel.
Ed 6:18 E puseram os sacerdotes nas suas turmas e os levitas nas suas
divisões, para o ministério de Deus, em Jerusalém, conforme
ao que está escrito no livro de Moisés.
Ed 6:19 E os filhos do cativeiro celebraram a páscoa no dia catorze
do primeiro mês. Ed 6:20 Porque os sacerdotes e levitas se
purificaram como se fossem um só homem, todos
estavam limpos; e mataram o cordeiro da páscoa
para todos os filhos do cativeiro,
e para seus irmãos, os sacerdotes, e para si mesmos.
Ed 6:21 Assim comeram a páscoa os filhos de Israel que tinham
voltado do cativeiro, com todos os que com eles se apartaram
da imundícia dos gentios da terra, para buscarem o
SENHOR Deus de Israel;
Ed 6:22 E celebraram a festa dos pães ázimos por sete dias
com alegria; porque o SENHOR os tinha alegrado,
e tinha mudado o coração do rei da Assíria
a favor deles, para lhes fortalecer as mãos
na obra da casa de Deus, o Deus de Israel.
Apesar do número de ofertas – vs 17 – parecer pequeno comparado às ofertas feitas por Salomão I Re 8:62-63, a referência à oferta pelo pecado mostra a consciência do pecado pelo povo e a fé em Deus que guarda a sua aliança de amor (Dt 7:9). O povo de Deus estava em grande júbilo por entenderem que a graça de Deus os tinha alcançado e suas orações, conforme Salomão ensinara na inauguração do primeiro templo, estavam sendo atendidas e eles agora estavam gozando de um novo tempo e de uma nova oportunidade.
Essas palavras de estabelecimento dos sacerdotes nos seus turnos e os levitas em suas divisões – vs 18 -, se referem ao culto de dedicação como um todo, e não especificamente às “divisões” instituídas por Davi (I Cr 24:1-19), apesar de estas estarem de acordo com os preceitos fundamentais estabelecidos por intermédio de Moisés.
Nesse grande momento de festa, ocorre a primeira celebração da Páscoa que já se havia interrompido por mais de 70 anos! Desde que a Páscoa foi instituída ela já sofreu diversas interrupções, sendo a primeira de 40 anos, por causa do deserto, onde Deus estava com eles de dia e de noite na nuvem e no fogo.
Comeram a Páscoa, celebraram a Festa dos Pães Asmos por sete dias e muito se alegraram diante de Deus que os fez favorável diante dos reis da Pérsia, pois que o Senhor tinha mudado o coração desses reis a favor deles – vs 22.
Termina aqui a Primeira seção em aramaico do livro de Esdras.
Parte II – O REGRESSO DE ESDRAS E A RECONSTRUÇÃO DO POVO DE DEUS COMO NAÇÃO – 7:1 – 10:44.
Esdras deu continuidade aos trabalhos dos primeiros exilados que regressaram. Esdras e seus companheiros foram libertos da Babilônia e abençoados por Deus. Esdras conduziu o povo às bênçãos de Deus ao reformar a vida moral deles.
O foco da atenção passa dos trabalhos iniciais de reconstrução sob Zorobabel para o trabalho de Esdras. Cerca de 60 anos transcorreram entre os acontecimentos do final do cap. 6 e os do começo do cap. 7.
A falta de material intermediário retrata o trabalho de Esdras como uma continuação legítima do trabalho de Zorobabel.
A Deus toda glória! p/ Daniel Deusdete –
http://www.jamaisdesista.com.br
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