FOTOS IMAGENS-Justiça autoriza transferência de João Santana, Gim Argello e mais dois
02/05/2016 16h19 – Atualizado em 02/05/2016 16h26
Justiça autoriza transferência de João Santana, Gim Argello e mais dois
Todos foram presos em fases da Operação Lava Jato, em 2016.
Eles serão levados para o Complexo Médico-Penal, em Pinhais.
A Justiça Federal do Paraná autorizou na tarde desta segunda-feira (2) a transferência de quatro presos da Operação Lava Jato: o publicitário João Santana e a mulher Mônica Moura, o ex-senador Gim Argello e o empresário de Santo André (SP) Ronan Maria Pinto. Todos estão detidos na carceragem da Polícia Federal (PF), em Curitiba, e serão levados para o Complexo Médico-Penal, que fica em Pinhais, na Região Metropolitana da capital paranaense.
O pedido da transferência foi protocolado pela PF no processo eletrônico da Justiça Federal nesta segunda. No pedido, o delegado Igor Romário de Paula explicou que a carceragem da PF é destinada apenas a presos provisórios ou para os detentos em eventual risco.
Além disso, conforme o delegado, a limitação do espaço dificulta a movimentação dos presos em flagrante e de operações policiais.
Réus
Na sexta-feira (29), Sérgio Moro aceitou duas denúncias contra o publicitário João Santana e a mulher dele, Mônica Moura.
Eles viraram réus e passam a responder por crimes como corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro em mais dois processos da Operação Lava Jato.
O casal foi preso da 23º fase da operação, deflagrada em fevereiro.
Ronan Maria Pinto em Santo André, dono do jornal “Diário do Grande ABC”, preso na 27ª etapa da Lava Jato, em abril, não é réu, assim como o ex-senador Gin Argello. Ainda não há denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra eles. Gin Argello foi preso na 28ª fase da operação, também em abril deste ano.
Suspeitas
O nome de Gim Argello apareceu nas delações do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) e do dono da UTC, Ricardo Pessoa.
O MPF diz que há evidências de que o ex-senador pediu R$ 5 milhões em propina para a empreiteira UTC Engenharia e R$ 350 mil para a OAS. As duas empresas são investigadas na Lava Jato.
Os recursos foram enviados a partidos indicados por Gim – DEM, PR, PMN e PRTB – na forma de doações de campanha. O procurador Carlos Lima afirmou que o esquema de travestir propinas em forma de doações aparentemente legais “já existe e há muito tempo”.
Os investigadores dizem ainda que não há indícios de que os partidos beneficiados sabiam das negociações e da origem ilícita dos recursos. As siglas, juntamente com o PTB, formaram em 2014 a coligação “União e Força”, pela qual Gim Argello era candidato a novo mandato de senador pelo DF.
Já Ronan Maria Pinto é investigados pela Lava Jato por participação no esquema de corrupção através de um empréstimo fraudulento de R$ 12 milhões obtido por José Carlos Bumlai no banco Schahin, em 2004.
De acordo com a força-tarefa da Lava Jato, um dos beneficiários finais destes recursos foi Ronan Maria Pinto, que recebeu R$ 6 milhões. A razão do pagamento ainda não foi apurada
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