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Bombeiros confirmam 4 mortes provocadas por chuva no Rio
Cidade voltou ao estágio de atenção na madrugada deste domingo (13).
Óbitos foram na Rocinha, Chácara do Céu e Rocha Miranda.
Quatro mortes foram confirmadas no Município do Rio de Janeiro pelo Corpo de Bombeiros até o início da tarde deste domingo (13) em decorrência das chuvas que atingiram a cidade na noite de sábado (12).
De acordo com os Bombeiros, duas pessoas morreram após um desabamento na Chácara do Céu, na região do Leblon, na Zona Sul, ainda na noite de sábado. Uma das vítimas foi identificada como Luciano R. Modesto, de 38 anos. A outra vítima é um homem que não foi identificado pela corporação.
Outro óbito foi confirmado na Favela da Rocinha, em São Conrado, também na Zona Sul do Rio. O homem foi identificado como Carlos M. Silva, de 58 anos.
Em Rocha Miranda, no Subúrbio do Rio, os Bombeiros encontraram no fim da manhã deste domingo o homem que estava desaparecido. Ele foi identificado como Luiz Carlos F. Cancio e teria se afogado na Rua dos Italianos e morreu no local.
Segundo o Corpo de Bombeiros, as buscas já foram encerradas e agora a Defesa Civil Municipal fará análises nos locais prejudicados pelo temporal.
Cidade voltou ao estágio de atenção
O Rio voltou ao estágio de atenção por volta das 3h deste domingo (13) devido à chuva que foi registrada durante a madrugada. O alerta foi feito pelo Centro de Operações da Prefeitura do Rio. A cidade amanheceu com lama e lixo em diversos pontos.
45% do esperado para março
De acordo com o Sistema Alerta Rio, a chuva registrada na noite deste sábado foi 45% do que era esperado para todo o mês de março. Ainda segundo informou a Prefeitura do Rio, as Zonas Norte, Sul e Centro foram as áreas mais afetadas. A tempestade foi concentrada entre 19h e 21h.
do bairro (Foto: Susan Vidinhas / G1)
“Nesse intervalo de duas horas, os índices pluviométricos registrados nas estações Alto da Boa Vista (165,8mm) e Tijuca/Muda (123,2mm) foram considerados históricos para a região. Ontem, em apenas 60 minutos, choveu na cidade do Rio de Janeiro o equivalente a seis horas do último temporal registrado em algumas cidades da região metropolitana de São Paulo, na última quinta-feira”, informou, em nota.
Lama, lixo e queda de árvores
A lama e o lixo deixados pela chuva podiam ser vistos em diversos pontos da cidade, como na Tijuca, Zona Norte, um dos pontos mais afetados pelo temporal, na Leopoldina, região central do Rio, na Gávea e no Jardim Botânico, na Zona Sul.
Na Praça da Bandeira, apesar de a via estar liberada para o trânsito, há relatos de entulho, lixos espalhados e carros abandonados por causa do temporal. A água invadiu estabelecimentos comerciais da região. A Comlurb atuava no local desde a madrugada.
A Praça da Bandeira chegou a ficar interditada nos dois sentidos até as 3h da madrugada. Em torno de 9h, havia relato de dez carros submersos na garagem de um prédio na Rua Paraíba.
Por volta do horário, a Rua Barão de Itapagipe, na Tijuca, altura do Hospital da Aeronáutica, devido à queda de ávore. Segundo o Centro de Operações, equipes trabalham no local.
Também havia registro de queda de árvora na Rua Titara, altura da Rua Paulo Silva, em Todos os Santos, no Subúrbio. E em Vila Isabel, na Rua Ribeiro Guimarães.
Estágio de crise
Por volta das 20h, o temporal chegou a deixar a cidade em estágio de crise. A chuva forte estava concentrada na região do maciço da Tijuca, na Zona Norte, e deixou as ruas da Tijuca, Grajaú, Alto da Boa Vista alagadas e com riscos de deslizamentos de encosta.
A Prefeitura do Rio declarou que, “enquanto todas as obras não forem concluídas, o sistema de controle de enchentes da Grande Tijuca não estará operando plenamente”. E que cerca de 800 funcionários da prefeitura “estão nas ruas nesse domingo para trabalhar na limpeza e vistoria das áreas castigadas pela chuva que atingiu a cidade ontem à noite”.
Em torno de 7h, segundo o Centro de Operações, um deslizamento de terra ocupava uma faixa da Rua São Miguel, altura da Travessa Afonso, na Tijuca.
O estágio de crise, o mais grave dos três estágios, se caracteriza por chuva forte, ocasionalmente muito forte nas próximas horas, podendo causar múltiplos alagamentos e deslizamentos, além de transtornos generalizados em uma ou mais regiões da cidade. As equipes de emergência da Prefeitura já estão atuando.
(Foto: Delmiro Junior/Futura Press/Estadão Conteúdo)
General Espírito Santo Cardoso fica alagada. (Foto:
Lílian Estrella/Arquivo pessoal)
Apesar da inauguração do piscinão recentemente, a Praça da Bandeira voltou a alagar e foi fechada para o trânsito – as Ruas do Matoso e Barão de Iguatemio estavam entre as intransitáveis. Desde 5 de dezembro de 2013 a Praça da Bandeira não alagava.
A Prefeitura do Rio pedia aos moradores que evitassem sair de casa enquanto a chuva permanecesse forte. A previsão era que o temporal durasse por pelo menos 1 hora.
Pelo Twitter, o prefeito Eduardo Paes enviou a seguinte mensagem: “Estamos com um volume de chuvas muito grande no Maciço da Tijuca. Portanto, moradores ou pessoas que se deslocam para as Zonas Norte e Sul da cidade devem evitar sair de casa até que a situação melhore”.
Arquivo pessoal)
Sirenes de alerta tocaram em 39 comunidades, principalmente na Zona Sul e na região da Tijuca, para que os moradores buscassem pontos seguros nas favelas. Às 20h15, o sistema Alerta Rio registrava 106,4 mm de chuva no Vidigal e 105,2mm na Rocinha. No Alto da Boa Vista, o acumulado de chuva da última hora de temporal, às 20h20 era de 83,2mm.
Segundo o Corpo de Bombeiros, houve um deslizamento de terra no Morro da Mangueira, na Zona Norte, mas não houve registro de vítimas. O deslizamento ocorreu na localidade conhecida como Buraco Quente.
Durante o temporal, a prefeitura recomendava que a população só se deslocassem em caso de extrema necessidade, que motoristas evitassem dirigir por ruas alagadas e que as pessoas buscassem abrigos seguros, evitando contatos com postes ou equipamentos energizados. Além do mais alertava para o risco de contaminação pelas águas dos alagamentos.
(Foto: Cristina Gonçalves/Arquivo pessoal)
Por causa da chuva forte, a Via Binário, na Zona Portuária foi fechada ao tráfego no sentido Praça Mauá, a partir da Rodoviária Novo Rio, no Santo Cristo. Uma das principais vias de acesso do Rio, a Avenida Brasil registrava pontos de alagamento e lentidão no trânsito, na pista sentido Centro, entre Ramos e Benfica e no sentido Zona Oeste, entre Coelho Neto e Deodoro.
Às 20h30, segundo o Alerta Rio, a chuva já tinha diminuído bastante na região da Tijuca. E começava a chover mais forte na Piedade e em Madureira, no Subúrbio, na Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá, na Zona Norte, e na Barra da Tijuca, na Zona Oeste.
Uma árvore caiu na Rua Barão de Itapagipe, na Tijuca, interditando o tráfego no trecho perto do Hospital da Aeronáutica, segundo o Centro de Operações. Numa academia de Ipanema, na Zona SUl, a chuva fote inundou o salão e provocou a qued de uma aprte do teto (veja o vídeo).
Por volta das 21h, segundo o Alerta Rio, a chuva diminuiu na maior parte da cidade. Mas começou a chover forte na Região Oceânica, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste.
Chuva começou a se intesificar no início da noite
Depois de uma tarde tranquila, novas pancadas de chuva voltaram a preocupar os cariocas, no início da noite. A cidade entrou em estágio de atenção às 19h15. A chuva era forte em bairros da Zona Sul, como Vidigal, Rocinha e Jardim Botânico, e no Alto da Boa Vista, Grajaú, São Cristóvão e Tijuca, na Zona Norte, segundo informações do Alerta Rio.
(Foto: Maria de Lourdes Norberto/Arquivo pessoal)
Um raio que caiu nas proximidades da Zona Sul, deixou bairros como o Jardim Botânico e a Lagoa momentaneamente sem energia.
O Rio enfrentou pancadas de chuva em vários pontos na manhã de sábado (12). O clima, que estava com céu claro, mas com nuvens, mudou rapidamente no fim da manhã. Em Botafogo, Zona Sul do Rio, houve vários pontos de alagamento, como a Rua São Clemente. No Jacaré, na Zona Norte, várias ruas também ficaram embaixo d’água.
Foram registradas pancadas de chuva muito forte na Tijuca, Muda, Santa Teresa, e Laranjeiras. No Grajaú e em São Cristóvão também sofrem com pancadas de moderada a forte.
A chuva também atingiu a Lagoa, Botafogo e Jardim Botânico. Era possível ouvir trovões em vários pontos do Rio.
Como informou o RJTV 1ª edição, o Aeroporto Santos Dumont, às 12h40, operava com o auxílio de instrumentos e três voos foram cancelados.
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