Carnaubais RN; Alckmin diz que ato pró-Lula não será permitido na Paulista no domingo
O governador Geraldo Alckmin afirmou nesta terça-feira (8) que o governo não permitirá um ato pró-Lula na avenida Paulista no domingo (13), quando grupos que defendem o impeachment da presidente Dilma Rousseff farão protesto contra a petista.
Nesta segunda-feira (7), a presidente Dilma Rousseff decidiu atuar para tentar evitar que os protestos acabem em confronto. Ela entrou em contato com governadores para pedir que não autorizem a realização no mesmo local de manifestações de grupos favoráveis e contrários ao governo.
O Palácio do Planalto passou o dia monitorando movimentos sociais e centrais sindicais e tentando sensibilizá-los e não insuflarem manifestações de rua no próximo domingo (13).
Em entrevista à rádio “Jovem Pan”, Alckmin disse que a segurança dos manifestantes dos grupos contrários ao governo está garantida. “A situação política se agravou ainda mais e domingo estamos preparados aqui em São Paulo para oferecer toda a segurança para que as pessoas possam se manifestar.”
“Havia uma solicitação para ter uma outra manifestação no sentido contrário e dissemos: no mesmo local não pode. Esse pleito a favor do impeachment e contra a corrupção já estava pré-agendado há mais de um mês, não tinha nada a ver com a operação ocorrida na semana passada”, disse Alckmin, em referência à 24ª fase da Lava Jato, que teve o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como alvo.
Depois da operação da última sexta (4), petistas e movimentos sociais passaram a defender a realização, também no domingo, de um ato para defender o ex-presidente.
“É direito constitucional o direito à liberdade de manifestação e de expressão e é dever do poder público garantir a tranquilidade e a manifestação da população. A polícia está preparando um trabalho pormenorizado.”
ROOSEVELT
A Juventude do PT (JPT), a UNE (União Nacional dos Estudantes) e outros movimentos ligados ao Partido dos Trabalhadores organizam para domingo “uma ato cultural” na praça Roosevelt, em São Paulo, para demonstrar apoio ao mandato de Dilma e em defesa de Lula. A praça fica a 2 km da Paulista, onde estarão os manifestantes pró-impeachment.
“Nós vamos ficar na praça Roosevelt e eles vão ficar na avenida Paulista, não nos encontraremos”, diz Carina Vitral, presidente da UNE.
A programação consistirá em shows e atividades culturais, que ainda não foram definidos.
Segundo organizadores, o ato também terá outras pautas além do repúdio ao impeachment, como a defesa da igualdade de gêneros.
Folha Press
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