NATAL RN -PSD e PT não têm definição sobre aliança proporcional


140950A aliança entre PSD e PT para a chapa majoritária enfrenta incertezas na coligação proporcional. O PT insiste em não se coligar na formação das chapas que vai concorrer para as vagas na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa. Já o PSD defende coligação nas chapas majoritária e na proporcional. Em comum, as duas legendas trazem o discurso da solidificação da candidatura do vice-governador Robinson Faria (PSD) para o Governo e da deputada federal Fátima Bezerra (PT) para o Senado.

João GilbertoGesane Marinho vê perspectiva de avanço, mas prefere coligação integral entre os dois partidosGesane Marinho vê perspectiva de avanço, mas prefere coligação integral entre os dois partidos


A deputada estadual Gesane Marinho (PSD) analisou que as discussões estão evoluindo. “Estamos avançando, havia uma aresta que está sendo aparada. O PT tem percebido que nesse projeto um (PSD) depende do outro (PT). Sem o PSD o projeto do PT implode e vice-versa”, destacou. Mas, ela insiste que para o PSD é fundamental que a aliança seja completa, ou seja, também para as candidaturas da chapa proporcional.

Para a parlamentar do PSD, é preciso analisar a situação exatamente como está posta. “Quando se vê dessa maneira (um partido dependendo do outro) tem que ceder dos dois lados”, avaliou. Gesane Marinho disse que a defesa do PSD é para uma “união completa”, tanto na aliança majoritária quanto na proporcional. Ela observou que não seria interessante uma “união parcial”. “Porque nós do PSD vamos pedir voto para senadora Fátima. E esperamos também o retorno. Não adiana discricionariedade do PT”, avaliou.

A deputada do PSD disse, nas últimas conversas entre as duas legendas, uma ala do PT já compreende a necessidade da união completa, tanto na proporcional como na majoritária.  “Antes  (das conversas serem iniciadas) o PT inteiro pensava da mesma maneria, agora uma grande ala do PT já pensa como a gente (de fazer aliança proporcional)”, comentou.

Gesane Marinho afirmou ainda que outros partidos estão no debate para entrarem na aliança com o PSD e PT e com a chegada de novos aliados esses também irão para uma mesma chapa proprocional. As incertezas da coligação proporcional foram sinalizadas com o adiamento da reunião do PT. O diretório estadual se reuniria hoje para discutir o assunto. Mas a reunião foi adiada para o dia 16 de abril.

Articulações
Presidente estadual do PT, Eraldo Paiva, é mais comedido ao falar sobre a aliança proporcional. Ele disse que o partido está dentro de uma costura para consolidação da candidatura de Fátima Bezerra ao Senado Federal. “Estamos consolidando e discutindo a situação da chapa proporcional, tanto para federal e estadual. Saberemos tanto o PT como o PSD eleger nossa nominata”, completou.

Eraldo Paiva ressaltou que o partido do qual é dirigente está preparado para construir uma aliança. “A nossa nominata está preparada para federal e estadual. No momento certo vamos debater com o PSD e juntos alcançaremos nossos objetivos”, comentou. Sobre a informação de que poderá ser candidato a deputado estadual, Eraldo Paiva, que está no segundo mandato como vereador de São Gonçalo do Amarante afirmou: “Estou a disposição do partido”.

Encontro
Ontem a noite, PSD e PT promoveram mais um encontro regional. O evento ocorreu em Ceará-Mirim. O modelo de seminário regional vem sendo adotado pelos dois partidos como forma de já levar os pré-candidatos ao Governo e ao Senado para figurarem na mesma discussão. Hoje o vice-governador Robinson Faria irá para Mossoró. Ele participará do comício do prefeito em exercício Silveira Júnior, que disputa o Executivo mossoroense pelo PSD.

SITUAÇÃO PARTIDÁRIA
PT:Uma deputada federal (Fátima Bezerra)
Um deputado estadual (Fernando Mineiro)

PSD:Um deputado federal (Fábio Faria)
Dois deputados estaduais (Gesane Marinho e José Dias)

ENTENDA O QUOCIENTE ELEITORAL
A escolha dos deputados, sejam estaduais ou federais, só é concretizada após a aplicação das fórmulas que regem o sistema proporcional de eleições, cujo cálculo se inicia com a obtenção do número total de votos válidos. Esse número é então dividido pelo número de vagas em disputa. Essa divisão é conhecida como Quociente Eleitoral.

VEJA COMO É REALIZADO O CÁLCULO DO QUOCIENTE ELEITORAL
1ª operação: Determinar o nº de votos válidos, deduzindo do comparecimento os votos nulos e os em branco

2ª operação: Determinar o quociente eleitoral, dividindo-se os votos válidos pelos lugares a preencher. Despreza-se a fração, se igual ou inferior a 0,5, arredondando-a para 1 se superior.

3ª operação: Determinar os quocientes partidários, dividindo-se a votação de cada partido pelo quociente eleitoral. Despreza-se a fração, qualquer que seja.

4ª operação: Distribuição das sobras de lugares não preenchidos pelo quociente partidário. Dividir a votação de cada partido pelo nº de lugares por ele obtidos + 1. Ao partido que alcançar a maior média, atribui-se a 1ª sobra. 

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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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