“Kiko não tem direito a nada aqui”, diz secretário de Porto Alegre
Após o ator mexicano Carlos Villagrán se queixar publicamente de ter sido “esquecido” pela prefeitura de Porto Alegre durante a Copa do Mundo, o titular da Secretaria Municipal Extraordinária da Copa (Secopa), João Bosco Vaz, afirmou que o título de embaixador da Copa concedido ao intérprete do personagem Kiko, do seriado “Chaves”, era apenas simbólico e “não dá direito a nada”.
“Esse título aí é um título simbólico que a prefeitura deu para várias pessoas. Não dá direito a nada. É um título simbólico, que o (ex-jogador) Valdomiro tem, que o (ex-jogador) Figueroa tem, que várias pessoas têm”, afirmou Bosco Vaz.
Em entrevista ao jornal Zero Hora, Villagrán lamentou a falta de convites para acompanhar o Mundial em Porto Alegre. “Não me mandaram passagens. Eu morreria para estar em Porto Alegre. Eu queria ir para Porto Alegre. Contava aos meus amigos: ‘vou a Porto Alegre’ e meus amigos me invejavam. E nunca chegaram passagens, nunca tive contato com ninguém de Porto Alegre, nem por telefone nem por e-mail. Mas de toda forma eu sigo gostando de Porto Alegre. Sigo fascinado por sua gente, pelo que as pessoas me proporcionaram”, declarou Villagrán, apontado como embaixador da capital gaúcha para o Mundial em 2013.
Direto da sua residência em Zapopan, o intérprete do icônico programa de TV mexicano expressou seu desapontamento utilizando a voz de Kiko. “Eu fico muito triste. Queria estar em Porto Alegre porque meu grande papel é ser embaixador da Copa”, lamentou. “Quero mandar muitos cumprimentos ao Rio Grande do Sul, a Porto Alegre, dizer a eles que não se misturem com essa gentalha”, brincou Villagrán.
Além de Villagrán, a Secopa nomeou outras 18 personalidades como embaixadores da Copa, incluindo o técnico Mano Menezes, o zagueiro Lúcio e ex-jogadores como Figueroa, Valdomiro e Taffarel. “O único que eu não conheço é o Kiko. Os outros nunca nos pediram nada, se sentiram lisonjeados e acho que, como todas as pessoas, divulgaram a cidade”, afirmou o secretário.
“O Felipão só não recebeu o dele porque na semana que nós íamos entregar morreu a mãe dele. O Ronaldinho também, ele não ganhou porque teve que ir disputar o Mundial de Clubes com o Atlético-MG. É só um título simbólico”, minimizou.
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