NATAL RN-Líder do MPRN diz que baianos não gostam de trabalhar; sindicato repudia
07/08/2015 18h38 – Atualizado em 07/08/2015 18h46
Líder do MPRN diz que baianos não gostam de trabalhar; sindicato repudia
Declaração do Procurador-Geral do RN ocorreu em julho em Natal.
Sindicato dos servidores da BA pediu retratação do líder do MP do RN.
O Sindicato dos Servidores Públicos do Estado da Bahia (Sindsemp/BA) emitiu nesta sexta-feira (7) uma nota de repúdio contra o procurador-geral de Justiça (PGJ) do Ministério Público do Rio Grande do Norte, Rinaldo Reis Lima, por uma declaração feita durante uma sessão do Colégio de Procuradores, em Natal, na qual o procurador afirmou que a “a Bahia é um povo que não gosta nem de trabalhar muito”. (veja o vídeo acima).
A assessoria de comunicação do Ministério Público do Rio Grande do Norte informou que o procurador-geral não vai se manifestar a respeito do caso.
(Foto: Divulgação/Assessoria MPRN)
A fala do procurador-geral de Justiça do RN surgiu durante um debate realizado no dia 28 de julho sobre a relação entre a eficiência do trabalho, os custos operacionais da instituição e a carga horária de trabalho dos funcionários. A declaração de Reis veio depois que a procuradora Tereza Cristina Cabral de Vasconcelos Gurgel esclareceu que os únicos estados do Nordeste que possuem carga horária de oito horas são o Rio Grande do Norte e a Bahia.
Em nota, o Sindsemp/BA cobrou uma retratação formal por parte do procurador e ironizou a declaração de Reis. “Gostaríamos de convidar o Senhor Rinaldo a passar um dia com nossas baianas do acarajé, preparando o produto e vendendo ou, se assim o quiser, no porto de Aratu, acompanhando nossos estivadores. Temos como opção, também, nossos trabalhadores rurais que saem às 5h da manhã, retornando às 17h, tendo passado o dia inteiro podando cacau”.
A nota do sindicato acrescenta que “dizer que este povo não gosta de trabalhar, além de demonstrar ignorância em relação a nossa cultura, costumes e história, é um ato de deslealdade aos baianos”. O Sindsemp/BA encerra pedindo que o procurador “se retrate e reflita antes de proferir palavras pejorativas direcionadas a qualquer povo, pois a importância de vosso cargo requer um mínimo de responsabilidade”.
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