RIO DE JANEIRO RJ-Morre jovem que caiu de ônibus em movimento no Rio
Morreu na manhã desta sexta-feira (13) a jovem Jessica Ferri, de 25 anos, que sofreu traumatismo craniano após cair de um ônibus em movimento no último domingo (8), na Praça Seca, Zona Oeste do Rio. Jessica estava internada em estado gravíssimo no CTI do Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, e teve uma parada cardíaca, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.
De acordo com informações da 28ª DP (Campinho), as investigações do caso estão em andamento. O motorista foi ouvido e parentes da vítima estão sendo esperados para prestar depoimento. As imagens do circuito interno do ônibus foram solicitadas à empresa e estão sendo aguardadas.
3 casos em 1 mês
Outros dois casos semelhantes ocorreram em menos de um mês. A funcionária pública estadual Marlene Roças, de 70 anos, escapou, por pouco, de ficar tetraplégica. Ela sofreu uma lesão na vértebra C7 depois de cair de um ônibus em movimento em Copacabana, Zona Sul do Rio. O acidente ocorreu em 21 de fevereiro.
Na ocorrência policial registrada pela filha de Marlene na 13ª DP (Ipanema), consta que o motorista de um coletivo da linha 125 (Central – General Osório) teria arrancado do ponto de ônibus com a porta aberta e, após uma freada brusca, a idosa caiu de costas na calçada. Era manhã de sábado. Marlene embarcou no coletivo na Rua Barata Ribeiro, próximo à esquina com a Miguel Lemos, e saltaria poucos pontos à frente, em Ipanema.
A idosa foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada ao Hospital Municipal Miguel Couto de onde foi transferida para uma unidade particular. “A gente passou uma semana de angústia. O médico foi claro ao dizer que ela poderia ficar tetraplégica. Felizmente, a cirurgia foi bem sucedida”, contou a filha, a advogada Milena Roças, 36 anos.
coma (Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal)
Um publicitário de 26 anos, vítima de acidente semelhante, comemorou a alta hospitalar após quase um mês de internação. Bruno Assumpção sofreu traumatismo craniano e teme sequelas. Ele contou que saiu da casa dos pais em Nilópolis, na Baixada Fluminense, na manhã de 13 de fevereiro, e embarcou em um ônibus da linha Manoel Reis Circular, de responsabilidade da Viação Nilopolitana, na Rua Doutor Manoel Reis.
“Fiz sinal para o ônibus, ele parou, eu subi até o segundo degrau e ele arrancou com a porta aberta. Enquanto eu esperava o motorista me dar o troco, senti o solavanco e fui arremessado para fora. Depois disso não me lembro mais de nada”, relatou nesta terça-feira (10), em entrevista ao G1.
Bruno disse ainda que, com a queda, sofreu uma convulsão. Ele recebeu os primeiros socorros em uma UPA, de onde foi encaminhado ao Hospital Municipal Souza Aguiar, onde foi diagnosticado o traumatismo craniano e identificados dois coágulos na cabeça. Ficou internado por 21 dias, seis dos quais permaneceu em coma.
“Os médicos disseram que eu posso ter novas convulsões, por isso estou tomando anticonvulsivos”, destacou.
“Eu só vi que o negócio foi grave mesmo quando busquei saber notícia do Bruno e fiquei sabendo que ele ainda estava internado”, destacou Thiago, que socorreu o amigo.
“O pior de tudo foi ouvir o motorista dizer que acidentes dessa natureza são normais? Será que vão precisar morrer quantos para isso mudar”, diz Bruno. Segundo o publicitário, a afirmação foi feita pelo condutor do coletivo que foi visita-lo no hospital. “Depois disso, a empresa não fez nenhum contato comigo”, afirmou.
O caso foi registrado na 57ª DP (Nilópolis). O motorista foi chamado para depor na delegacia. As imagens do circuito interno do ônibus estão sendo solicitadas e a unidade aguarda o resultado do exame de corpo de delito.
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