PENDÊNCIAS RN-Documentos mostram pressão do PMDB à lobista que repassaria propina
Jornal GGN – Nos pedidos de inquérito enviados pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal, a petição 5278, contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), traz o depoimento do doleiro Alberto Youssef denunciando o esquema de propina que o deputado montou para formar caixa 2 de sua campanha eleitoral, em 2010. O jornal O Globo encontrou documentos da Câmara que reforçam as acusações.
São dois requerimentos da Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara que mostram que aliados de Cunha fizeram pressão pública sobre a Mitsui e sobre o executivo Júlio Camargo. O motivo seria uma interrupção pela Samsung, depois de fechar um contrato de aluguel de navio plataforma graças às negociatas do PMDB, no pagamento de propina. A Samsung pagava comissões a Júlio Camargo, o broker da negociação que viabilizou a licitação junto ao doleiro Fernando Baiano, então representante de Cunha dentro da Petrobras.
Depois de conseguir o contrato e já começar a prestar os serviços para a estatal, a Samsung parou com o pagamento da comissão de Camargo. O que teria interrompido todo o repasse de propina. Eduardo Cunha, que teria deixado de receber a quantia, como resposta abriu representação na Câmara, solicitando informações sobre as empresas de Julio (Mitsue e Toyo) na Petrobras. Diante da pressão, mesmo sem receber, o broker chegou a pagar um total R$ 6 milhões de reais, em espécie, por conta própria, a Baiano, durante os anos de 2012 e 2013.
Cunha teria pedido “a uma Comissão do Congresso para questionar tudo sobre a empresa Toyo, Mitsui e sobre Camargo, Samsung e suas relações com a Petrobras, cobrando contratos e outras questões”, por intermédio de dois deputados do PMDB, contou o doleiro Youssef.
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