PENDÊNCIAS RN-Fiscalização contra trabalho informal será intensificada
Fiscalização contra trabalho informal será intensificada
Publicação: 2015-02-12 00:00:00 | Comentários: 0
Do total de recursos que o governo espera arrecadar, R$ 2,5 bilhões virão da execução do Plano Nacional de Combate à Informalidade. O restante, R$ 2,6 bilhões, será proveniente de medidas de combate à sonegação do FGTS.
Para fechar o cerco em relação à sonegação, o pacote inclui o envio ao Congresso Nacional de projeto de lei para aumentar o valor da multa para o empregador que mantém o empregado sem carteira assinada. Atualmente, o valor da multa é R$ 402 por trabalhador identificado em situação irregular – o possível novo valor não foi divulgado. “Essa multa está defasada há 20 anos”, reclama Manoel Dias. Segundo ele, o valor atual por trabalhador sem carteira assinada não assusta o sonegador, que muitas vezes prefere arriscar e manter os trabalhadores irregulares. A pasta prometeu também capacitar 1,5 mil auditores fiscais para tornar mais eficiente o trabalho de fiscalização.
A meta do governo com as ações relacionadas à formalização de trabalhadores é incluir 400 mil empregados no mercado formal. Em relação à sonegação do FGTS, a meta é superar as 32 mil empresas que foram autuadas em 2014 por deixarem de pagar contribuição.
De acordo com o secretário de Inspeção do Trabalho do Ministério, Paulo Sérgio de Almeida, o país deixa de arrecadar, anualmente, mais de R$ 88,8 bilhões com a informalidade – com cerca de 14 milhões de trabalhadores sem carteira assinada – e com a sonegação de FGTS. A intenção do governo é mobilizar todos os auditores fiscais do trabalho na tarefa de fiscalizar as empresas. “A formalização das relações do trabalho é o pré-requisito básico para aquisição [não só] de direitos, mas também para aumentar a arrecadação”, disse Almeida.
TAXA NOS ESTADOS
Estados das regiões Norte e Nordeste encabeçam o ranking de informalidade no trabalho. O estado com a maior taxa no Nordeste e no Brasil é o Maranhão, com 56,80%. O Rio Grande do Norte tem o menor percentual entre os nordestinos: 39,60%. Mas está distante de patamares como o de Santa Catarina, na região Sul do país. O estado detém a menor taxa do Brasil: 17,60%. Confira abaixo a situação no Nordeste:
TAXA DE INFORMALIDADE
Maranhão 56,80%
Piauí 53,30%
Paraíba 50,40%
Ceará 48,80%
Bahia 45,70%
Alagoas 43,30%
Pernambuco 41,30%
Sergipe 41,10%
Rio Grande do Norte 39,60%
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