Assú RN; ‘É suspeito’, diz delegado sobre marido de paulista morta em Natal
A Delegacia Especializada de Homicídios (Dehom) confirmou que o marido da paulista Arlete Aparecida Ribeiro, de 47 anos, é um dos suspeitos da morte da empresária, encontrada enforcada na noite da última quinta-feira (13) dentro da pousada Varandas da Praia, no bairro de Ponta Negra, na Zona Sul de Natal. “Por enquanto é um dos suspeitos”, disse ao G1 o delegado Alexandro Gomes, responsável pelo inquérito do caso. Ouvido em interrogatório, o italiano Antônio Cinelli nega envolvimento na morte da empresária paulista.
O caso foi tratado inicialmente como suicídio, porém a possibilidade da empresária ter sido assassinada não é descartada. Uma das peritas do Instituto Técnico-Científico de Polícia (Itep), que esteve no local, desconfiou da situação e acionou a Delegacia Especializada de Homicídios, a Dehom.
“Pelos depoimentos que ouvimos, a vítima não tinha perfil de alguém que cometeria o suicídio. A forma como o corpo foi achado também levanta suspeitas. Estava atrás da porta de um quarto com o pescoço envolto por um fio e os joelhos flexionados. Aguardamos os laudos necroscópico, toxicológico e do local do crime para chegar a uma conclusão mais precisa”, informa o delegado.
No interrogatório, o italiano disse que passou o dia em uma pousada que possui com outro sócio e recebeu uma ligação do filho de 8 anos durante a noite. “Me disse que foi até a pousada que tinha em associação com a mulher, onde encontrou com o filho. Ao entrar no quarto que a empresária costumava descansar, encontrou a porta presa e forçou a entrada. O corpo estava atrás da porta”, detalha Alexandro Gomes sobre o álibi do italiano.
O delegado confirmou que Arlete registrou dois boletins de ocorrência contra o marido. Em um deles, no mês de setembro, denunciou que o italiano estaria retendo documentos dela por questões patrimoniais. Também em setembro, a Delegacia Especializada de Defesa à Mulher (Deam) recebeu uma denúncia da empresária, que registrou um boletim de ocorrência informando que estava sendo ameaçada pelo italiano.
O G1 tentou contato com Antônio Cinelli pelo telefone celular dele na semana passada, mas em duas ocasiões o estrangeiro disse que não iria comentar o caso.
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