Da Agencia Brasil

A votação na Escola Celina Guimarães, em Mossoró (RN), onde um homem foi assassinado a tiros na manhã de hoje (26), foi retomada por volta das 11h. O crime aconteceu por volta das 9h dentro da 264ª Seção Eleitoral, uma das nove que funcionam na escola. Depois do assassinato do homem, identificado como Robson Diego Moura Soares, 20 anos, a escola foi completamente isolada e ficou fechada por cerca de duas horas.

Depois da perícia e da limpeza do local, a juíza eleitoral Ana Clarisse Arruda Pereira, responsável pela 34ª Zona Eleitoral (Mossoró e Serra do Mel), reuniu-se com todos os presidentes de seção e mesários e pediu que eles voltassem ao trabalho.

“Eles estavam muito abalados. Eu pedi desculpas em nome da Justiça Eleitoral e que eles dessem continuidade à votação. Duas mesárias da seção onde houve o assassinato não tiveram condições de continuar a trabalhar e tiveram que ser substituídas. Foi um verdadeiro terror. As pessoas saíram correndo, algumas se jogaram no chão, outras se esconderam atrás dos armários”, conta a juíza.

Robson votava na escola, mas segundo a juíza, a polícia acredita que o assassinato não tenha sido  um crime político, mas motivado por uma briga de gangues. “A vítima já era conhecida da polícia. Infelizmente isso aconteceu dentro da escola, onde estavam vários eleitores”, disse.

A juíza afirmou que o policiamento na escola foi reforçado com policiais militares e com homens do Exército. “Queria dizer aos eleitores que eles não se sintam intimidados. O policiamento já foi reforçado”, disse.

Segundo ela, depois da reabertura da escola formaram-se filas no local. Ela acredita que, como houve uma interrupção da votação, deve haver atraso no encerramento da votação.

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Norte (TRE-RN) informou que até as 13h (horário de Brasília), nove pessoas tinham sido presas, a maioria (seis) por boca de urna. Trinta e quatro urnas apresentaram defeito e algumas delas tiveram que ser substituídas.