Em choque, jovem que matou irmão com tiro no DF foi sedado, diz polícia
O adolescente de 15 anos que matou o irmão de 12 anos com um tiro acidental precisou de atendimento hospitalar e foi sedado para se “recuperar do choque”, segundo a titular da Delegacia da Criança e do Adolescente do Distrito Federal, Mônica Ferreira. O incidente aconteceu na casa da família na noite de quarta-feira (1º). Os jovens mostravam o revólver do padrasto, que é vigilante e não tem porte de arma, para colegas quando ocorreu o disparo.
“Ele prestou depoimento muito abalado, muito abalado mesmo”, disse a delegada. “As próprias consequências do ato dele o penalizam. Acredito que ele vá obter o perdão judicial.”
Um vídeo feito por um vizinho mostra o jovem desesperado logo após a morte. Ele correu para um condomínio vizinho, no Riacho Fundo II. O padrasto dele, que é pai da criança que morreu, o abraça e o consola. O homem pede calma ao rapaz.
De acordo com testemunhas, os meninos estavam sozinhos em casa, porque o vigilante havia passado na casa da sogra para buscar a mãe deles. O mais velho teria pego a arma em um armário. O mais novo estava no computador na hora do incidente.
À Polícia Militar, as outras crianças disseram que o adolescente ficou em choque após o disparo e quis atirar contra si mesmo. Elas teriam, então, tirado o revólver e enterrado, para evitar que ele se atingisse. A corporação precisou lavar a arma para identificar a numeração.
Mônica disse considerar a morte como “acidente lamentável”. “Não faz diferença se a arma foi lavada ou não”. “Já se sabe quem é o autor, quem é a vítima e de quem é a arma”, completou.
O jovem foi liberado após o depoimento. Ele vai responder por homicídio culposo. O padrasto pagou fiança de R$ 750 pelo porte ilegal da arma.
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