Escândalo envolvendo Petrobras é muito maior que mensalão, diz empresário


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O empresário Hermes Magnus que alegou ter sido usado como laranja em lavagem de dinheiro declarou que o escândalo envolvendo Petrobras é muito maior do que o mensalão. Em 2008, ele procurava um investidor para ampliar a produção da Dunel Limitada e foi apresentado ao deputado José Janene, morto em 2010.

O parlamentar era um dos réus do processo do STF (Supremo Tribunal Federal) que investigou a compra de políticos no Congresso Nacional, em 2005. O empresário gaúcho conheceu de perto o esquema do doleiro Alberto Youssef que teria movimentado R$ 10 bilhões em quatro anos.

Em entrevista exclusiva à JOVEM PAN, Hermes Magnus afirmou sofrer ameaças e que está deixando de vez o Brasil. Ele percebeu ter sido usado como laranja quando os clientes da Dunnel Limitada começaram a enfrentar problemas.

O empresário relatou que ligava de orelhões para a Polícia Federal com medo de ser grampeado. De acordo com Hermes Magnus, o esquema de lavagem de dinheiro é muito amplo e outras vítimas deveriam fazer denúncias.

Magnus começou a perceber o esquema de forma mais clara ao conviver com José Janene, que morreu em 2010. Ele não tem dúvidas: o mensalão é muito menor quando comparado ao propinoduto da Petrobras.

Ainda na entrevista à JOVEM PAN, Magnus alertou as autoridades para que comecem a investigar o Instituto de Resseguros do Brasil. Em um desabafo, o empresário, que já deixou o país uma vez, avisa que está de malas prontas e não pretende voltar mais.

O empresário ressaltou ainda que tem nojo da política e que os eleitores precisam conhecer o currículo dos candidatos. A entrevista exclusiva à JOVEM PAN foi concedida a Anchieta Filho e Thiago Uberreich.

FHC critica Dilma por não saber nada da Petrobras

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou nesta terça-feira, 9, em Nova York, a presidente Dilma Rousseff e cobrou explicações sobre o novo escândalo envolvendo a Petrobras. “Se ela não viu nada”, afirmou, “então não é uma gerente competente”.

Em conversa com jornalistas, FHC disse ainda que a estatal “caiu nas mãos da política partidária” e que a corrupção no PT é “quase uma regra”.

O ex-presidente definiu como “inaceitável” a corrupção na Petrobras e cobrou que as investigações sejam levadas “mais a fundo” porque se trata de “um escândalo de grandes proporções”.

A CPI da petroleira no Congresso, segundo ele, está muito politizada. “Eu sempre quis que a Petrobras fosse uma empresa e não uma repartição pública”, afirmou, justificando porque quebrou o monopólio no setor.

“A Petrobras é a empresa mais importante do Brasil e está se vendo que houve uma ocupação política.”

Sobre Dilma, FHC disse acreditar que a presidente “não viu nada” sobre as denúncias, conforme ela declarou na série Entrevistas Estadão na segunda-feira, 8. Mas, se isso ocorreu, “então, ela não é uma gerente competente”.

E acrescentou: “Acho que ela precisa dar explicações mais consistentes. Não é um caso, são muitos, não é uma prática, é uma constante, não é um desvio, é quase que uma regra”.

 

Fonte: Jovem Pan e Exame

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Levany Júnior

Levany Júnior é Advogado e diretor do Blog do Levany Júnior. Blog aborda notícias principalmente de todo estado do Rio Grande do Norte, grande Natal, Alto do Rodrigues, Pendências, Macau, Assú, Mossoró e todo interior do RN. E-mail: [email protected]

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