Só a mãe de Dilma poderia salvar a Petrobras
Por Josias de Souza
Segundo a mistificação petista, Dilma Rousseff é uma executiva de mostruário. Mas no que se refere à roubalheira na Petrobras a presidenta ainda não encontrou uma solução. Em verdade, a despeito da delação do ex-diretor preso Paulo Roberto Costa, ela ainda não viu nem o problema.
“Gostaria de saber direito quais são as informações prestadas nessas condições. E asseguro que tomarei todas as providências cabíveis”, disse Dilma. “Não com base em especulações. Acho que as informações são essenciais e são devidas ao governo. Caso contrário, a gente não pode tomar medidas efetivas.”
O Planalto de fachada progressista resultou em lucrativos negócios para as más companhias da presidente. A exemplo do que sucedera sob Lula, a convivência com Dilma propiciou a coronéis partidários um extraordinário merchandising. Algo que lhes permitiu fazer o pior o melhor possível.
O que falta a Dilma não é talento gerencial, mas uns bons conselhos de mãe. Imagine-se como seria diferente o destino da República se a presidente ouvisse mais a sua mãe. Um chefe de governo pode conviver com meia dúzia de Renans por obrigação protocolar, até por uma visão distorcida do que seria a governabilidade. Qualquer mãe entenderia isso.
Mas ir atrás dos Renans, cortejar os Renans, confiar a viabilidade de um governo e os negócios de suas estatais aos Renans… Já que o Lula falhou, alguém precisa assumir o papel de mãe da presidenta. Só para ligar de vez em quando. E dizer: “Afaste-se dos Renans, minha filha. É para o seu próprio bem. Afaste-se!”
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