SAÚDE-Óleo de soja pode causar um dos tipos mais graves de inflamação intestinal
Um estudo recente, conduzido por cientistas da Universidade da Califórnia, em Riverside, concluiu que o consumo elevado de óleo de soja está relacionado à colite ulcerativa, uma das formas mais graves de inflamação intestinal.
O Manual MSD de Diagnóstico e Tratamento descreve a colite ulcerativa como “uma doença intestinal inflamatória crônica em que o intestino grosso (cólon) fica inflamado e ulcerado (com perfuração ou erosão), que pode causar exacerbações (ataques ou crises) de diarreia com sangue, cólicas abdominais e febre”.
Pacientes com essa condição também têm um risco maior a longo prazo de desenvolver câncer de cólon.
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No estudo, cujos resultados foram publicados no mês passado na revista Gut Microbes, o grupo de cientistas alimentou camundongos com uma dieta rica em óleo de soja por 24 semanas. No fim desse período, foi feita uma análise do intestino dos animais.
Constatou-se que a quantidade de bactérias benéficas diminuiu, enquanto a de bactérias prejudiciais, mais especificamente a Escherichia coli aderente e invasiva, aumentou. Essa condição, chamada de disbiose, pode levar à colite ulcerativa.
A coautora do artigo, a microbióloga e pesquisadora Poonamjot Deol, explicou que a principal preocupação é o ácido linoleico, presente no óleo de soja.
“Embora nosso corpo precise de 1% a 2% de ácido linoleico diariamente, com base na dieta paleolítica, os americanos hoje estão obtendo 8% a 10% de sua energia diária do ácido linoleico, a maior parte dele do óleo de soja. […] O ácido linoleico em excesso afeta negativamente o microbioma intestinal.”
Poonamjot alerta ainda para o fato de que o excesso de ácido linoleico “torna a barreira epitelial intestinal porosa”.
A função de barreira epitelial do intestino é fundamental para mantê-lo saudável. Quando há alguma interrupção, o intestino pode tornar-se permeável e permitir que substâncias nocivas, como toxinas, vazem para a corrente sanguínea. Isso pode levar a infecções e condições inflamatórias crônicas, como a colite.
A equipe também descobriu que a E. coli aderente e invasiva se alimenta do ácido linoleico. Em contrapartida, as bactérias boas acabam mortas por esse composto.
“A Escherichia coli aderente e invasiva contribui para a DII [doença intestinal inflamatória] em humanos, e o fato de encontrarmos essa E. coli nesses camundongos é preocupante. […] Às vezes, pode não ficar claro como a pesquisa feita em camundongos se traduz em humanos, mas nesse estudo está bastante claro”, disse outro autor do trabalho, o professor de microbiologia e fitopatologia James Borneman.
O time de cientistas teve outra surpresa, que envolveu os endocanabinoides e as oxilipinas.
Os endocanabinoides são moléculas produzidas naturalmente pelo corpo que regulam uma ampla variedade de processos fisiológicos, incluindo a inflamação, o metabolismo e a dor. Os ácidos graxos poli-insaturados oxigenados, ou oxilipinas, são um tipo de ácido graxo que também desempenha um papel na regulação da inflamação.
Após a dieta rica em óleo de soja, os camundongos apresentaram redução dos endocanabinoides e aumento das oxilipinas.
“Anteriormente, descobrimos que oxilipinas no fígado se correlacionam com a obesidade. Algumas oxilipinas também foram encontradas como bioativas em estudos de colite. A principal conclusão de nosso estudo atual é que uma dieta enriquecida com óleo de soja, semelhante à dieta americana atual, faz com que os níveis de oxilipinas aumentem no intestino e os níveis de endocanabinoides diminuam, o que é consistente com a DII em humanos”, acrescentou Poonamjot.
Por fim, a pesquisadora salienta que os achados nesse trabalho contrariam “o pensamento de décadas atrás de que muitas doenças crônicas decorrem do consumo excessivo de gorduras saturadas de produtos animais, e que, inversamente, as gorduras insaturadas de origem vegetal são necessariamente mais saudáveis”.
O óleo de soja é o tipo de óleo vegetal mais usado no Brasil, país que responde pelo terceiro maior volume de consumo global do produto, atrás da China e dos Estados Unidos.
A recomendação dos especialistas é que a população evite o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e controle a ingestão desse ingrediente específico no dia a dia.
Microbiota intestinal pode ser um escudo contra doenças; saiba como mantê-la saudável
Não fume e evite o consumo de bebidas alcoólicasO tabagismo está associado a alterações na composição da microbiota, resultando em uma diminuição das bactérias benéficas e um aumento das bactérias potencialmente prejudiciais. Além disso, pode aumentar a permeabilidade intestinal. Já o consumo de álcool pode prejudicar o crescimento das bactérias benéficas e favorecer o crescimento de bactérias nocivas. O álcool também pode irritar e danificar a mucosa intestinal, causando inflamação e comprometendo a função do órgão
Diversas evidências científicas se acumularam nos últimos anos sugerindo que o intestino desempenha um papel fundamental na saúde de modo geral. Isso ocorre graças à microbiota intestinal, que é um conjunto de micro-organismos – principalmente bactérias – que habitam o trato gastrointestinal. Eles trabalham na digestão e absorção de nutrientes, na síntese de vitaminas e na produção de substâncias químicas importantes para o organismo. A microbiota também está envolvida na regulação do sistema imunológico
Algumas condições associadas à disbiose incluem: síndrome do intestino irritável, doença inflamatória intestinal (incluindo doença de Crohn e colite ulcerativa), constipação crônica e diarreia, obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, depressão e ansiedade, alergias e doenças autoimunes e distúrbios do sono. Existem algumas formas de manter o intestino – e, consequentemente, o corpo – saudável. Veja a seguir
Mantenha uma dieta equilibradaUma dieta equilibrada, rica em fibras alimentares provenientes de frutas, legumes, grãos integrais e leguminosas, contribui para uma microbiota intestinal saudável. As fibras alimentares fornecem nutrientes para as bactérias benéficas no intestino, promovendo seu crescimento e diversidade
Evite alimentos ultraprocessados e ricos em açúcaresAlimentos ultraprocessados, ricos em gorduras saturadas, açúcares refinados e aditivos, podem interferir negativamente na microbiota intestinal. Eles são pobres em nutrientes essenciais e fibras alimentares – fundamentais para o crescimento das bactérias benéficas no intestino. O consumo excessivo de alimentos ultraprocessados pode levar a um desequilíbrio na microbiota, reduzindo a diversidade microbiana e favorecendo o crescimento de bactérias prejudiciais. Essa disbiose pode estar associada a problemas de saúde, como inflamação, obesidade, doenças gastrointestinais e outros distúrbios metabólicos. Portanto, é importante limitar o consumo de alimentos ultraprocessados e priorizar uma dieta rica em alimentos naturais e minimamente processados para manter a saúde da microbiota intestinal
Consuma alimentos probióticosAlimentos probióticos contêm micro-organismos vivos benéficos que podem melhorar a composição e função da microbiota intestinal. Eles introduzem bactérias benéficas, estimulam a produção de substâncias benéficas, modulam o sistema imunológico e melhoram a digestão e absorção de nutrientes. No entanto, os efeitos podem variar, e é importante escolher alimentos probióticos de qualidade e fazer parte de uma dieta equilibrada e saudável. Há diversos alimentos com essas características, como iogrute, kefir, chucrute, kimchi e kombucha
Evite o consumo desnecessário de antibióticosOs antibióticos podem afetar negativamente a microbiota intestinal, eliminando bactérias benéficas. Use antibióticos apenas quando prescritos por um profissional de saúde e siga as instruções corretamente
Pratique exercícios físicos regularmenteO exercício físico regular tem sido associado a uma maior diversidade e abundância de bactérias benéficas no intestino. Além disso, a atividade física pode reduzir a inflamação sistêmica e promover a produção de substâncias benéficas, como ácidos graxos de cadeia curta, que são importantes para a saúde intestinal. Exercitar-se também pode melhorar a motilidade intestinal, estimulando o movimento adequado dos alimentos pelo sistema digestivo. Isso pode ajudar a prevenir a constipação e promover um ambiente favorável para o crescimento de bactérias benéficas
Reduza o estresseO estresse crônico está associado a alterações na composição e diversidade da microbiota, resultando em disbiose. Esse desequilíbrio pode levar a uma diminuição das bactérias benéficas e a um aumento das bactérias potencialmente prejudiciais. Além disso, o estresse crônico pode afetar a permeabilidade intestinal, causando uma condição conhecida como ‘intestino permeável’. Isso permite que toxinas e produtos bacterianos vazem para o organismo, desencadeando inflamação e possivelmente contribuindo para problemas de saúde, como distúrbios digestivos, inflamação crônica e distúrbios do humor. Portanto, gerenciar o estresse de forma adequada é importante para manter um ambiente intestinal saudável e equilibrado
Mantenha um sono de qualidadeUm sono adequado está associado a uma microbiota intestinal saudável, enquanto a falta de sono pode levar a um desequilíbrio na composição da microbiota. A qualidade e a duração do sono afetam a função imunológica, a inflamação e a motilidade intestinal, influenciando indiretamente a composição da microbiota. Além disso, o sono inadequado pode levar a mudanças na dieta e no metabolismo, que também podem afetar a microbiota intestinal
Beba águaA água ajuda a manter a hidratação adequada, o que é essencial para um funcionamento saudável do sistema digestivo e do intestino. Ela auxilia no transporte de nutrientes e eliminação de resíduos, contribuindo para uma boa função intestinal. Além disso, a água pode diluir e facilitar a passagem adequada de fibras alimentares, que são essenciais para o crescimento das bactérias benéficas no intestino. A falta de água pode levar à constipação e à desidratação, o que pode afetar negativamente a composição e a função da microbiota
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Diversas evidências científicas se acumularam nos últimos anos sugerindo que o intestino desempenha um papel fundamental na saúde de modo geral. Isso ocorre graças à microbiota intestinal, que é um conjunto de micro-organismos – principalmente bactérias – que habitam o trato gastrointestinal. Eles trabalham na digestão e absorção de nutrientes, na síntese de vitaminas e na produção de substâncias químicas importantes para o organismo. A microbiota também está envolvida na regulação do sistema imunológico
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Diversas evidências científicas se acumularam nos últimos anos sugerindo que o intestino desempenha um papel fundamental na saúde de modo geral. Isso ocorre graças à microbiota intestinal, que é um conjunto de micro-organismos – principalmente bactérias – que habitam o trato gastrointestinal. Eles trabalham na digestão e absorção de nutrientes, na síntese de vitaminas e na produção de substâncias químicas importantes para o organismo. A microbiota também está envolvida na regulação do sistema imunológico
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Evite alimentos ultraprocessados e ricos em açúcaresAlimentos ultraprocessados, ricos em gorduras saturadas, açúcares refinados e aditivos, podem interferir negativamente na microbiota intestinal. Eles são pobres em nutrientes essenciais e fibras alimentares – fundamentais para o crescimento das bactérias benéficas no intestino. O consumo excessivo de alimentos ultraprocessados pode levar a um desequilíbrio na microbiota, reduzindo a diversidade microbiana e favorecendo o crescimento de bactérias prejudiciais. Essa disbiose pode estar associada a problemas de saúde, como inflamação, obesidade, doenças gastrointestinais e outros distúrbios metabólicos. Portanto, é importante limitar o consumo de alimentos ultraprocessados e priorizar uma dieta rica em alimentos naturais e minimamente processados para manter a saúde da microbiota intestinal
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