JN obtém novas informações sobre a compra e venda do jato Cessna
Edição do dia 27/08/2014
27/08/2014 21h17 – Atualizado em 27/08/2014 21h17
JN obtém novas informações sobre a compra e venda do jato Cessna
AF Andrade afirma que tinha vendido o avião para João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, que informou que pediu dinheiro emprestado para pagar.
O Jornal Nacional obteve novas informações sobre a operação de compra e venda do jato Cessna, que era usado pelo candidato do PSB à Presidência Eduardo Campos.
Uma transferência de R$ 160 mil e tudo o que conseguimos encontrar da Câmara & Vasconcelos é uma sala vazia e uma casa abandonada, as duas em Nazaré da Mata, 60 quilômetros do Recife. A empresa é uma das que transferiram um total de R$ 1,71 milhão para a AF Andrade, empresa de Ribeirão Preto que era a dona do avião em que morreu Eduardo Campos.
A AF Andrade afirma que antes do acidente tinha vendido o avião para João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, e que as transferências que estão nos extratos da empresa mostram os pagamentos feitos pela aeronave.
Mas a Câmara & Vasconcelos parece ter uma empresa gêmea, a Vasconcelos & Câmara, que funciona em um terreno. Com os nomes invertidos, elas são duas empresas diferentes. Duas empresas tão parecidas não é uma coincidência. O Jornal Nacional falou nesta quarta-feira (27) com o dono da Vasconcelos & Câmara, empresa que tem uma sede, que nós conseguimos encontrar. Ele disse que vendeu a outra empresa, a Câmara & Vasconcelos sete anos atrás e que não tem contato com os novos donos. Mas ele não conseguiu explicar por que as duas empresas usam em seus documentos o mesmo número de telefone. Nesta terça-feira João Carlos Lyra Pessoa informou em nota que pediu dinheiro emprestado a vários empresários para pagar o avião.
João Carlos Lyra Pessoa não responde a questionamento feito pelo JN
O PSB informou nesta terça-feira (26) que o empresário autorizou o uso do Cessna que vinha sendo usado na campanha de Eduardo Campos e Marina. Na quarta-feira, perguntamos se João Carlos Lyra havia pedido empréstimos às empresas mostradas na terça no Jornal Nacional. A Câmara & Vasconcelos, a RM Construções, registrada em uma casa, mas que não funciona mais lá, e a Geovane Pescados, peixaria registrada no nome de um homem, que afirma nunca ter tido uma empresa nem pescado. João Carlos Lyra não respondeu ao nosso questionamento.
No início da noite desta quarta-feira (27), a assessoria do empresário João Carlos Lyra divulgou uma nota em nome da Câmara & Vasconcelos. A nota afirma que a empresa existe, mas em outro endereço, que não foi visitado pelo Jornal Nacional. Por telefone, a assessoria se negou a informar esse endereço.
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