EXTREMOZ RN-Sobe para R$ 11.400 recompensa por informações que levem a assassinos de PM no RN; 9 são procurados
Associação de Praças da Polícia Militar de Mossoró e Região (Apram) aumentou de R$ 3 mil para R$ 11.400,00 o valor da recompensa a ser paga para quem der informações que levem à prisão os assassinos do cabo Ildônio José da Silva, de 43 anos. O policial foi morto no dia 16 de agosto durante o assalto a um ônibus escolar na RN-117, entre as cidades de Caraúbas e Governador Dix-Sept Rosado, na região Oeste potiguar. Até o momento 11 pessoas já foram presas e 9, com mandados já expedidos pela Justiça, ainda são procuradas.
O policial, que estava a caminho de uma faculdade em Mossoró, foi identificado pelos bandidos, retirado do veículo, deitado no chão e executado com vários tiros. O último disparo, na cabeça, foi de espingarda calibre 12.
Os delegados Christiano Othon de Melo, titular da DP de Caraúbas, e Sandro Régis, da Delegacia Regional de Patu, confirmam que dos nove suspeitos procurados oito são adultos e um é adolescente (17 anos). “Todos têm mandados expedidos pela Justiça”, ressaltam.
Os oito mandados de prisão preventiva e mais o mandado de busca e apreensão do adolescente foram expedidos pelo juiz Pedro Paulo Falcão Júnior, titular da Comarca de Caraúbas.
Os 9 procurados são:
- Vantuir Lima, 23 anos
- Antônio Alcivan Fernandes Júnior (‘Juninho Mangueira’), 18 anos
- Wilhiam Bezerra de Lima (‘Belo das Mirandas’), 24 anos
- Kauã Bruno Ferreira de Lima (‘Cocada’), 18 anos
- Danilo Soares da Silva Fernandes,18 anos
- Lucivan Dantas (‘Rabicó’), 18 anos
- Judson Rodrigues Vieira (‘Juca Ladrão’), 24 anos
- Obimael (‘Bibi das Mirandas’), 23 anos
- Adolescente de 17 anos
Investigações
Até o momento, 11 pessoas já foram presas por envolvimento direto no assalto e morte do PM, ou por favorecimento aos bandidos.
Por participação direta, são três: dois homens e uma mulher. Os outros oito foram todos indiciados por terem, de alguma forma, colaborando com a quadrilha – seja tentando ajudar os bandidos a fugirem do cerco que a polícia montou na região, ou mesmo dando guarida aos criminosos.
‘Só dei um tiro no cachorro’
Os dois homens presos suspeitos de terem participado diretamente do assalto e da morte do cabo Ildônio foram pegos pela polícia no dia seguinte ao assassinato. Foi durante uma abordagem da PRF a um Gol preto na BR-110, em Campo Grande, cidade vizinha a Caraúbas. Os dois, inclusive, já tinham mandados de prisão em aberto por assaltos e outros homicídios na região. No celular de um deles, o Aleilson Melquíades de Oliveira, de 18 anos, a polícia encontrou mensagens que ele trocou com a irmã, nas quais ele admite ter atirado no PM: “Só dei um tiro no cachorro“.
Além da dupla, na ocasião também foi preso o motorista do veículo, que foi indiciado por favorecimento, já que a polícia entende que ele estava dando fuga aos bandidos.
Já a mulher, é uma estudante de Direito que foi presa no dia 19 na cidade de Caraúbas. Segundo o delegado, a universitária foi a única que não foi roubada pelos criminosos que assaltaram os passageiros do ônibus. Além disso, teria sido ela a pessoa que avisou os bandidos que havia um policial militar armado no veículo. “Ela, inclusive, é namorada de um dos criminosos que ainda está sendo procurado”, acrescentou o delegado Sandro Régis.
Além da dupla e da universitária, outros seis homens, todos com mandados de prisão já expedidos pela Justiça, ainda estão sendo procurados pela polícia – todos suspeitos de também terem participado do assalto e da execução do PM.
Favorecimento
Por favorecimento, são oito os suspeitos detidos até agora. Um deles é o motorista do Gol, abordado pela PRF em Campo Grande. Outro, é um motociclista que foi preso em Assu. Este homem, segundo as investigações, estava a espera da dupla que o motorista do Gol estava conduzindo, e também foi indiciado por dar guarida aos criminosos.
Outro que foi indiciado por favorecimento é um homem que é conhecido como coiteiro, que é justamente como é chamada a pessoa que dá esconderijo a bandidos. No sítio onde mora, foram encontradas duas espingardas calibre 12. Uma delas, a polícia acredita ter sido a arma utilizada no disparo que foi dado na cabeça do PM.
E ainda tem um desempregado e uma outra mulher, ambos de Caraúbas, que foram presos no dia 22, e que também foram autuados por darem abrigo aos fugitivos.
No dia seguinte, também em Caraúbas, os policiais chegaram a um outro homem. Na casa dele foram apreendidos um revólver com seis munições e uma motocicleta roubada, e que também foi indiciado por dar refúgio à quadrilha.
E, por último, no dia 24, foram presas outras duas mulheres. Elas são mãe e irmã de Aleilson, que a polícia acredita ter participação direta na execução do cabo Ildônio. “A mãe e a irmã também deram apoio aos criminosos. Inclusive, ficaram levando comida ao bando”, acrescentou o delegado.
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