Ele foi eleito com 46,13% dos votos válidos, o que corresponde a 23.554 votos, num discurso de que dividiria seu governo em dois eixos: econômico e social. Depois de 90 dias de gestão, diz que está trabalhando para dar continuidade ao que foi desenvolvido nos últimos anos e destaca que houve um crescimento e melhoria na qualidade dos serviços de todas as áreas do município neste período.

Agora o desafio é fortalecer a economia. “Estamos tentando implantar uma ZPE (Zona de Processamento de Exportação) para facilitar a atração de empresas. A inauguração do aeroporto fez de São Gonçalo uma terra de oportunidades que não vamos deixar passar”, diz. O aeroporto foi concebido para ser um novo pólo urbano na Região Metropolitana de Natal. Ao seu redor, a ideia é que fossem construídos hotéis e entretenimentos, centros de convenções, escritórios e zonas de livre comércio. Mas esse é um processo longo. Antes disso, o prefeito precisa cuidar da casa e controlar as finanças.

Ele reconhece que a prefeitura é afetada pela crise financeira e, por isso, diz que busca melhorar a arrecadação e enxugar os gastos. “Estamos trabalhando com muita economia, começamos com um ano fincanceiro dificil. Há grande crise em São Gonçalo. As despesas são constantes e até sobem, enquanto a arrecadação não aumenta”, contabiliza, reclamando da forma como o bolo tributário é dividido, sendo que apenas 15% é direcionado para os municípios.

O Executivo conseguiu, ainda no mês de janeiro, a redução de 22% do aumento concedido pela Câmara Municipal no ano passado aos salários do prefeito, vice-prefeito e secretários. Com a lei aprovada em 2016, o prefeito ganharia R$ 27.776,00 e o vice, R$ 19.443,20. Na época também foi aprovado aumento para o secretariado, ajustado para R$ 14 mil o salário do titular e R$ 11.900,00 o do adjunto.

O estímulo à arrecadação é outra vertente para melhorar as finanças. Paulinho explica que está investindo na modernização das Secretarias de Meio Ambiente e de Tributação. “Modernizar para melhorar a arrecadação porque, com a crise que estamos passando, há uma dificuldade de fazer crescer a arrecadação; então estamos trabalhando pelo menos pra ela não cair, fazendo uma cobrança que seja compatível para que as pessoas possam pagar. Também estamos ajuizando ações para receber recursos da dívida ativa. Não está fácil, mas há todo o esforço em termos de modernização”, diz. Para quem pagar o IPTU em dia, por exemplo, está sendo oferecido desconto de 30%  na cota única.

Mesmo com as dificuldades financeiras, a prefeitura está conseguindo pagar a folha em dia, que é o grande pesadelo dos gestores atualmente. “Temos conseguido honrar a folha no último dia útil do mês e estamos pagando o décimo de acordo com o mês aniversário. É um esforço para que o servidor não seja prejudicado e isso também contribui com a economia da cidade”, completa. Atualmente a economia de São Gonçalo do Amarante é baseado no setor de serviços, apesar de ter sido grande alvo da especulação imobiliária com a chegada do aeroporto, porém, com a crise na construção civil, os investimentos na cidade também cessaram.

Via Novo Jornal