FOTOS IMAGENS-Ataque perto do Parlamento britânico em Londres deixa 4 mortos, incluindo suspeito
Um ataque fora do Parlamento britânico, em Londres, deixou 4 mortos, incluindo uma mulher e um policial, além do próprio suspeito de ser o autor da agressão, segundo o chefe de contra-terrorismo da Scotland Yard, Mark Rowley. O incidente ocorreu na tarde desta quarta-feira (22).
Há também pelo menos 20 feridos, entre eles três policiais. Segundo o serviço de ambulâncias, 12 pessoas com ferimentos graves foram levados ao hospital e outras oito com ferimentos leves foram atentidas no local.
A polícia britânica acredita que houve apenas um agressor envolvido, e trata o incidente como um ataque terrorista até que a motivação do ataque seja esclarecida.
O ataque começou quando um carro que passava pela Ponte de Westminster atropelou um grupo de pessoas. O suspeito deixou o veículo preto e avançou em direção ao Parlamento, atingindo um policial com uma faca, que acabaria morrendo. Pouco depois, foram ouvidos disparos. O agressor foi baleado pela polícia e morreu também.
“Estamos tratando isto como um incidente terrorista até que tenhamos informações contrárias”, disse a polícia em comunicado.
A polícia foi chamada por volta de 14h40 (11h40, no horário de Brasília). Os agentes isolaram o local e as atividades parlamentares foram suspensas. A polícia pediu para a população evitar a região e entrar em contato com a polícia caso tenha alguma informação que ajude a esclarecer o incidente.
Feridos
Entre os 20 feridos há uma mulher foi retirada do Rio Tâmisa viva após o ataque, informou a Autoridade Portuária de Londres (PLA). Ela está recebendo tratamento para ferimentos graves.
O Hospital King’s College, que recebeu oito pessoas com ferimentos mais graves, informou que dois deles estão em estado crítico e os outros seis, estáveis.
O hospital de St. Thomas, que fica a poucos metros do local onde ocorreu o ataque, está tratando dois feridos, um homem e uma mulher, ambos em situação estável.
O que se sabe até o momento:
- um carro atropelou um grupo de pessoas na Ponte Westminster
- um suspeito avançou em direção ao Parlamento e esfaqueou um policial, que acabou morrendo
- a polícia baleou o suspeito
- morreram uma mulher, um policial, o suspeito e uma quarta pessoa ainda sem descrição
Premiê
A premiê britânica Theresa May tinha participado da sessão semanal de perguntas ao governo na Câmara dos Comuns antes do ataque. Depois do incidente, presidiu uma reunião do comitê de emergência Cobra, integrado pelos principais ministros do país.
Após a reunião, May fez um pronunciamento em que agradeceu a ação da polícia e dos serviços de emergência, e prestou solidariedade às famílias e aos amigos das vítimas. Também disse que a rotina da cidade voltará ao normal, e o Parlamento se reunirá como de costume.
A premiê disse que o risco de ataque na cidade, que desde agosto de 2014 é considerado “severo”, será mantido.
“Nossos pensamentos e orações vão a todos que foram afetados – às próprias cítimas, e suas famílias e amigos que se despediram de seus entes queridos, mas não os receberão em casa. Para aqueles de nós que estávamos no Parlamento no momento deste ataque, esses eventos nos trazem uma lembrança particular da bravura excepcional dos nossos serviços de polícia e segurança, que arriscam suas vidas para nos manter seguros”, afirmou.
“Nós vamos andar adiante juntos. Nunca cedendo ao terror. E nunca permitindo que as vozes do ódio e do mal nos afastem”, disse.
O prefeito de Londres, Sadiq Khan, disse em um vídeo publicado em sua conta no Twitter que os moradores de Londres devem saber que haverá mais policiais armados e desarmados nas ruas da cidade nos próximos dias, mas pediu que não fiquem alarmados. “Nossa cidade permanece uma das mais seguras do mundo”, afirmou. “Os londrinos nunca serão intimidados pelo terrorismo”, completou. Veja a repercussão do ataque.
Londoners will never be cowed by terrorism.
Testemunhas
O editor de política da agência Press Association, Andrew Woodcock, conseguiu ver a cena da janela do seu escritório. Ele disse que ouviu gritos e, quando olhou para fora, viu um grupo de mais de 40 pessoas correndo. “Eles pareciam estar fugindo de alguma coisa”, afirmou.
“Quando o grupo chegou ao Carriage Gates, onde os policiais estavam na entrada de segurança, um homem saiu correndo da multidão e entrou no pátio. Ele parecia estar segurando uma faca de cozinha. Eu ouvi o que soou como tiros”, declarou.
Depois disso, Woodcock disse ter visto duas pessoas deitadas no chão e outras correndo para ajudá-las.
Former Polish foreign minister films scene after car strikes and injures pedestrians in Westminsterhttp://bbc.in/2msCCPM
A primeira-ministra britânica Theresa May vai liderar um gabinete de crise para administrar a situação.
O Departamento de Estado norte-americano informou que está monitorando o incidente. O presidente Donald telefonou para Theresa May e ofereceu cooperação total dos EUA em resposta ao ataque, informou a Casa Branca em um comunicado.
O Parlamento escocês vai reforçar a segurança embora não tenha recebido nenhum tipo de ameaça específica. O debate sobre a realização de um segundo referendo sobre a emancipação da Escócia do Reino Unido foi adiado após o ataque em Londres.
Alerta
O incidente ocorreu no primeiro aniversário dos ataques em Bruxelas, na Bélgica. O Reino Unido está em seu segundo maior nível de alerta, o que significa que um ataque de militantes é considerado altamente provável, segundo a Reuters.
Em maio de 2013, dois britânicos islâmicos esfaquearam e mataram o soldado Lee Rigby em uma rua no sudeste de Londres.
Em julho de 2005, quatro britânicos islâmicos mataram 52 pessoas e a si próprios em um ataque suicida ao sistema de transporte da capital britânica no que foi o pior ataque de Londres em tempos de paz.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.
Descubra mais sobre Blog do Levany Júnior
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.
Comentários com Facebook