Médico Marcelo Martins foi condenador por matar cinco pessoas da mesma família (Foto: Catarina Costa/G1)

O médico Marcelo Martins de Moura, acusado de matar cinco pessoas da mesma família em um acidente de carro na BR-343 entre Altos e Teresina em junho de 2012, foi condenado a quatro anos e oito meses por homicídios culposo, quando não tem a intenção de matar. Além disso, ele teve também o direito de dirigir suspenso pelo mesmo período.

A sentença foi expedida na terça-feira (13) pela juíza Andrea Parente Lobão Veras, da Comarca de Altos. No despacho, o réu foi absolvido das acusações de dirigir em estado de embriaguez, fugir do local do acidente e não prestar socorro às vítimas.

Um dos trechos do documento apontou que os exames cadavéricos comprovaram que as vítimas sofreram politraumatismo, devido ao impacto, causando a morte de Leodivan Pereira Lima, 45 anos; Bernadete Maria lima, 50 anos; Leonidas Pereira Lima, 50 anos; Rita Teixeira Soares Lima, 40 anos e uma criança de três anos.

Em nota advogado de defesa Lucas Villa afirmou que pretende recorrer da decisão judicial, isso porque segundo ele, a pena base foi fixada muito acima do mínimo legal. “O médico tem o direito de recorrer em liberdade e foi absolvido da acusação de omissão de socorro. Originalmente o médico havia sido acusado por homicídio doloso (quando há a intenção de matar) duplamente qualificado. A defesa conseguiu provar que, na verdade, não houve dolo (a intenção de matar), então o juízo concedeu a sentença por homicídio culposo no trânsito”, declarou.

Entenda o caso
O acidente aconteceu na madrugada do dia 9 de junho de 2012 e vitimou cinco pessoas da mesma família, a colisão ocorreu na BR- 343, no trecho entre altos e Campo Maior. Segundo a perícia realizada no local, Marcelo Martins de Moura trafegava na contramão da via e se chocou com o veículo onde estavam as vítimas.

De acordo com a polícia, o médico havia saído de uma festa no município de Campo Maior, região Norte do estado, e seguia em direção à Teresina, e após o acidente fugiu do local sem prestar socorro às vítimas.