ALTO DO RODRIGUES RN-Como transformar um problema local numa crise nacional, por Rogerio Maestri
Como transformar um problema local numa crise nacional
por Rogerio Maestri
Ninguém até agora perguntou por que o IPHAN nacional embargou a obra que o IPHAN da Bahia ia dar um jeito de liberar.
Todos sabemos que assim como o tríplex da Globo foi construído, e ainda se mantém, em área de preservação ambiental, por que a mesma “solução” não aconteceu na cobertura do Gedel. Talvez aí esteja mais um desdobramento da crise que ainda não foi tocado.
Quem buzinou nos ouvidos do IPHAN nacional que a obra contrariaria a preservação histórica de uma parte importante de Salvador?
Poderíamos simplesmente entrar numa especulação infinita de pessoas que agindo mais ou menos na moita teriam conseguido embargar a obra.
A obra não é um barraco construído num morro qualquer das cidades brasileiras, era um grande empreendimento que atrapalharia a vista de várias pessoas importantes do meio político Baiano. Provavelmente algum morador importante na hierarquia política de apoio ao governo Temer sentiu-se lesado. Ou seja, a esposa ou um filho deve ter buzinado nos ouvidos deste personagem não tão enigmático assim:
-Fulano, este raio de torre vai tirar o nosso sol e a nossa vista.
E como reclamação da esposa não passa com a mudança de governo, deve ter havido algumas ligações telefônicas alertando o IPHAN nacional, ligações do tipo, a obra tal está contra o plano diretor e deve ser embargada. Tomem as devidas providências.
Com o telefonema e com a importância do telefonador, o IPHAN nacional simplesmente cumpriu a lei, e como dizia um também importante político da Bahia que deixou seus rebentos por aí: Para os amigos tudo, para os inimigos a lei!
Acho que os moradores da região poderiam fazer um pequeno censo sobre os incomodados pela torre e rapidamente o incógnito personagem vai aparecer logo. É importante, pois a ação deste personagem que conseguiu transformar algo de repercussão local numa grande crise nacional, vai sofrer represálias dos que estão sendo atingidos pela crise, e talvez possa se entender movimentos estranhos que vão acontecer.
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